Economia

Rede de supermercados em BH pede para a população não estocar arroz: 'não vai faltar'

Segundo a empresa, a precaução visa desincentivar que o consumidor faça um estoque desnecessário, causando escassez do produtoa rede em nota.

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
09/05/2024 às 09:47.
Atualizado em 09/05/2024 às 10:25
Mensagem fixada em gôndolas de uma unidade da rede no bairro Prado, região Oeste de BH (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Mensagem fixada em gôndolas de uma unidade da rede no bairro Prado, região Oeste de BH (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Dois dias após o Supermercados BH restringirem a compra do arroz a cinco unidades por pessoa, uma rede agora orienta a população a não estocar. Mensagens foram fixadas nas gôndolas com a mensagem de que "não vai faltar arroz, que não precisa estocar". 

"O Supermercados BH informa que implementou medidas preventivas para assegurar suprimento contínuo de arroz, mas a rede assegura que não vai faltar este item essencial em suas lojas. A precaução visa desincentivar que o consumidor faça um estoque desnecessário o que poderia resultar em escassez injustificada do produto", explicou a rede em nota.

O temor dos impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul tem causado uma corrida de consumidores aos supermercados de Belo Horizonte em busca de arroz. O estado gaúcho, um dos maiores produtores do Brasil, vem sofrendo com as fortes chuvas, o que tem prejudicado a produção agrícola.

Tal cenário, que tem causado preocupação entre os consumidores, foi amenizado pelo Governo de Minas, que descartou qualquer falta do produto. O executivo estadual informou que no momento não existe “cenário de desabastecimento” do produto, e que ainda é cedo para fazer uma avaliação de como a situação afetará a produção ou economia mineira.

O governo ressalta que cerca de 80% da safra de arroz já foi colhida, o que ainda garantiria a oferta do alimento por um período em Minas.

Apesar da não preocupação por parte do estado, a corrida de consumidores em busca do grão fez com que supermercados da capital limitassem a compra do produto. O supermercado Epa, de Santa Luzia, na Região Metropolitana, o cliente tem acesso a no máximo dois pacotes.

Tragédia climática

O estado do Rio Grande do Sul segue sendo castigado pelas fortes chuvas. O número de mortes chegou a 107 nesta quinta-feira. Mais de 1,47 milhão de pessoas foram afetadas em 425 municípios do estado, o que corresponde a 85,5% das 497 cidades gaúchas. 

Segundo dados da Defesa Civil estadual, 136 pessoas estão desaparecidas e 163 mil estão desalojadas, ou seja, pessoas que tiveram, em algum momento, que buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Nos abrigos mantidos pelas prefeituras e pela sociedade civil, estão 67,4 mil pessoas. 

Há previsão da chegada de um ciclone extratropical no extremo sul do estado, com com chuvas de mais de 100 milímetros.

A partir desta quinta, a previsão é de tempo frio e seco na maior parte do estado. As temperaturas devem cair, chegando a 4 graus Celsius (ºC) nas regiões mais frias. Em Porto Alegre, a mínima deve ser de 12ºC, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por