O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Pandemia, vai sugerir que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja indiciado por 11 crimes, supostamente praticados na condução da pandemia da Covid-19.
Segundo reportagem da Rádio CBN, a lista dos crimes já está definida. Porém, antes de ler o relatório final na próxima terça-feira (19), Calheiros vai se reunir com membros do G7 e conversar individualmente com cada um.
O parlamentar afirmou que se antecipou no debate com juristas e acredita que há elementos para que Bolsonaro seja indiciado por esses crimes.
O relator disse, ainda, que vai sugerir também o indiciamento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que ocupa atualmente um cargo no Palácio do Planalto.
O senador vai sugerir o indiciamento do presidente Bolsonaro pelos seguintes crimes:
- Crime de prevaricação;
- Crime de infração de medidas sanitárias;
- Crime de epidemia com resultado em morte;
- Crime de charlatanismo;
- Emprego irregular de verba pública;
- Crimes de responsabilidade;
- Crimes contra a humanidade;
- Crime de genocídio de indígenas;
- Falsificação de documento particular;
- Incitação ao crime;
- Homicídio comissivo por omissão – (de acordo com o relator, isso significa que Bolsonaro pode “ter descumprido seu dever legal de evitar a morte de milhares de brasileiros durante a pandemia”)
A CBN apurou que também devem aparecer no relatório o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, o deputado federal Osmar Terra, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
De acordo com alguns senadores, Renan Calheiros estuda pedir o indiciamento do ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni.
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