
No 10º dia de buscas por vítimas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um grupo de 60 homens da Força Nacional começou a atuar nas operações de resgate neste domingo (3).
Eles se juntam aos mais de 400 bombeiros, além de 950 policiais militares e agentes da Polícia Civil e Defesa Civil de Minas Gerais. Há ainda o reforço de homens e mulheres do Corpo de Bombeiros de São Paulo e Santa Catarina, assim como policiais civis e militares de outras regiões no país e 14 cães farejadores que se revezam de forma incansável.
O número de mortos na tragédia chega a 121 e 107 corpos já foram identificadas. Toda a região atingida foi mapeada pelos bombeiros e o efetivo foi dividido em equipes para ocupar todas as áreas de varredura. As equipes também vistoriam estruturas que caíram à procura de vestígios humanos das 226 vítimas que seguem desaparecidas.
Como a maioria dos corpos que estavam na superfície foi resgatada, as buscas no mar de lama recebem o reforço de máquinas retroescavadeiras e anfíbios, equipamentos que podem ser usados tanto na água quanto na terra e que serão empenhadas em áreas onde há lama ainda é instável.
Os especialistas nesse tipo de resgate acreditam que essas vítimas podem estar a cerca de 20 metros de profundidade e o trabalho precisa ser milimétrico na imensa área afetada pelos rejeitos.
Ao todo, 15 helicópteros também são usados pelas equipes que vasculham uma extensão de 9 km a procura de corpos e destroços entre a barragem do Córrego do Feijão que se rompeu no dia 25 de janeiro e o rio Paraopeba.
A Força Aérea Brasileira (FAB) chega a registrar uma média de 20 voos de helicóptero por hora nas ações de resgate e transporte de pessoal. Por conta desse volume de pousos e decolagens foi criado um sistema de controle aéreo específico para as operações e até um caminhão operacional da FAB com uma antena para a frequência aeronáutica foi trazida para Brumadinho.
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