Retorno às aulas presenciais nas faculdades de BH, na segunda, deve ser híbrido

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
20/08/2021 às 07:48.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:43
 (Alexandra/Pixabay)

(Alexandra/Pixabay)

Com a autorização para a volta às aulas presenciais do ensino superior em Belo Horizonte a partir de segunda-feira, a orientação das autoridades é uma só: que seja gradual e respeitando o formato híbrido. Na mesma data, outra mudança passa a valer na cidade, aumentando o número de alunos dentro das salas. É a diminuição da distância permitida entre os estudantes em sala de aula, de 2 metros para 1 metro. As novas regras serão publicadas no Diário Oficial do Município de amanhã. 

Segundo o infectologista Unaí Tupinambás, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid em BH, a situação epidemiológica permitiu a flexibilização, bem como a alteração do protocolo sanitário, que diminuiu o distanciamento entre os estudantes. A determinação valerá para todos os níveis da educação.

“Consideramos as experiências que tivemos. Também observamos a ampliação da vacinação. E, claro, cada vez mais dados mostrando que os ambientes escolares são seguros”, afirmou o médico. 

Vacinação

O especialista ressalta que o público universitário deverá ser vacinado contra o coronavírus nas próximas semanas, garantindo maior segurança durante a retomada. A previsão do Executivo é que toda a população adulta da capital mineira seja imunizada até setembro. 

Diretor-Executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas avalia que o retorno das atividades nas universidades precisa acontecer de forma progressiva, com estratégias bem definidas, conforme as orientações das prefeituras. “O aluno quer voltar de forma híbrida, indo apenas para fazer as aulas práticas, enquanto as teóricas ficam no modelo virtual”, afirmou.

“O aluno quer voltar de forma híbrida, indo apenas para fazer as aulas práticas, enquanto as teóricas ficam no modelo virtual”Sólon Caldas - Diretor-Executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior

A UFMG, por exemplo, está discutindo um planejamento para a implementação temporária de um regime que mescla atividades remotas e presenciais.

Faculdades preparadas

Sólon Caldas lembra, ainda, que muitas instituições de ensino já recebem uma parcela dos alunos desde o ano passado, quando o governo federal liberou as atividades práticas para alguns cursos. Por isso, a maioria das faculdades já está preparada para ter os alunos presencialmente.

De acordo com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), a metrópole vai adotar outra postura a partir de agora, caso seja necessário retroceder na liberação. 
“Escola, diferentemente do que foi no início da pandemia, será a última coisa que vai fechar em Belo Horizonte. Se acontecer um desastre, vamos ter que fechar tudo de novo”, afirmou, em entrevista à TV Globo.

Além disso:

Pais ou responsáveis de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos, com deficiência permanente ou comorbidade, deverão fazer um cadastro para o início da vacinação contra a Covid-19 desse grupo em Belo Horizonte. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela prefeitura. Não há previsão de quando o formulário estará disponível.

Além disso, ainda não há imunizantes reservados para essa população, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Nesta quinta (19), a cidade aplicou a primeira dose em moradores de 27 anos.

“É necessário o envio de doses para imunizar este público e também os demais jovens e crianças de 17 a 12 sem comorbidades”, declarou o Executivo, em nota. A expectativa da prefeitura, porém, é de que a imunização de crianças e adolescentes com comorbidades comece após o fim da proteção dos adultos, a partir de 4 de setembro.

No Brasil, a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid só pode ser feita com as doses da Pfizer, único laboratório autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a imunizar essa faixa etária. 

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