
Terminou sem acordo a audiência de conciliação entre representantes dos professores da rede municipal e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A reunião ocorreu nesta quarta-feira (2), no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na região Centro-Sul. Os servidores da Educação vão permanecer em greve - a paralisação teve início em 6 de junho - para reivindicar reajuste salarial e outros benefícios.
A greve já dura 27 dias. Uma nova assembleia foi marcada para esta quinta-feira (3), às 14h, na Praça da Estação. Antes do encontro, haverá mais uma rodada de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (Sind-Rede/BH) e a PBH.
A decisão da categoria ocorre após audiência de conciliação determinada pelo desembargador Leopoldo Mameluque, depois que o prefeito Álvaro Damião tentou, sem sucesso, encerrar a greve na Justiça.
Na audiência, a prefeitura manteve o índice de recomposição salarial em 2,49% para 2025 e propôs o pagamento das férias em atraso, além de uma possível bonificação de R$ 250 anuais para aposentados. A proposta foi considerada insuficiente pelo sindicato.
Segundo o Sind-Rede, mais de 80% das escolas municipais seguem paralisadas. Os trabalhadores pedem reajuste de 6,27%, com base na inflação e no piso nacional da educação.
Ainda durante a audiência, a PBH foi questionada se seria possível manter a oferta de alimentação para alunos em situação de insegurança alimentar durante a greve. O sindicato afirmou que as escolas não vão negar alimentação, mas cobra garantias legais para que diretores não sejam penalizados - e que direitos dos terceirizados sejam respeitados.
A diretora do Sind-Rede, Vanessa Portugal, afirma que a greve é legítima e disse que todas as propostas apresentadas serão levadas para avaliação da categoria.