Samarco apresenta proposta de demissão voluntária para funcionários

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
16/06/2016 às 11:58.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:55
 (Lucas Lacaz Ruiz/ Folhapress)

(Lucas Lacaz Ruiz/ Folhapress)

A mineradora Samarco, que teve suas operações paralisadas desde o acidente envolvendo o rompimento da Barragem de Fundão, que é de sua propriedade, apresentou aos seus empregados nesta quarta-feira (15) a proposta do Programa de Demissão Voluntária.

O objetivo é se desfazer de 1,2 mil dos 3 mil funcionários nas empresas de Minas Gerais e Espírito Santo, pois há a incerteza de que a mineradora poderá voltar a funcionar. A apresentação do PDV foi uma sugestão do sindicato das categorias para minimizar as demissões necessárias e adequar a força do trabalho às novas realidades da empresa.

Os trabalhadores que quiserem aderir ao PDV terão os dias 27, 28 e 29 de julho para fazê-lo. Quem aderir receberá 50% do salário para cada ano trabalhado, limitado a quatro salários; um valor fixo equivalente a três salários e limitados a R$ 7,5 mil; não será feito o desconto na rescisão do contrato de adiantamento de participação de lucros e resultados, e a concessão de plano de saúde por seis meses após a data de demissão. Se o funcionário tiver dívidas com o plano de saúde, o valor será perdoado caso não exceda 30% do valor total da rescisão.

Os empregados de Minas Gerais irão se reunir na próxima semana para discutir as propostas apresentadas. Ainda não há informações sobre os funcionários da Samarco no Espírito Santo.

Trabalhadores que ocupam cargos gerenciais não poderão aderir ao programa, com exceção do chefe de equipe. Esses funcionários só serão demitidos a critério da mineradora. De acordo com a Samarco, a nova realidade da empresa exige a reduçao de 40% do quadro de funcionários. 

“A empresa ainda não tem sinalização sobre quando serão concedidas as licenças, e a expectativa é de um retorno com apenas 60% da capacidade operacional por alguns anos. É preciso ressaltar que a retomada das operações é imprescindível para a manutenção de 60% da sua força de trabalho em Minas Gerais e Espírito Santo e para que a empresa continue a gerar empregos, pagar impostos e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades”, disse a Samarco, por meio de nota.

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