Samarco quer retomar operação em Mariana

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
25/02/2016 às 19:13.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:34
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A Samarco quer retomar as operações em Mariana, na região Central de Minas. Nesta quinta-feira (25), a empresa pré-formalizou um pedido de licenciamento à Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana (Supram) para a disposição de rejeitos remanescentes do rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro do ano passado.

Pelo documento apresentado, a proposta é de que o rejeito fino seja disposto na cava Alegria Sul e o rejeito arenoso, na cava Germano. A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) não detalhou prazos para o pedido ser avaliado, mas afirmou que "o processo de licenciamento levará em conta o rompimento da barragem e suas consequências".

Ainda segundo a Semad, diversos estudos técnicos, que irão instruir o processo, foram requeridos.

Repercussão

De acordo com o relator da Comissão Extraordinária de Barragens da Assembleia Legislativa, deputado Rogério Correia, o pedido da mineradora deverá ser submetido a uma análise técnica e política. “Vai depender do que eles estão se comprometendo a fazer”, antecipou o parlamentar.

O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, ressaltou que o retorno das operações da Samarco no município é de vital importância econômica. Conforme o prefeito, a tragédia que antes afetava cerca de 10 mil pessoas envolvidas diretamente com as atividades da mineradora, agora afeta, aproximadamente, 170 mil.

"Porque atinge tudo: farmácias, restaurantes, hotéis. Nossa região sente demais, não gera renda nem emprego e nossa economia teve uma caída muito forte", pontua.

O Hoje em Dia procurou a Samarco para comentar a possível retomada das operações no município, mas não teve retorno.

Paralisada

As atividades da Samarco em Mariana estavam embargadas desde 6 de novembro, dia seguinte à tragédia que matou 17 pessoas e deixou outras duas desaparecidas. À época, a Semad afirmou que a legislação permitia “a suspensão emergencial das atividades, para apurar as causas e as consequências do evento para a saúde da população e para o meio ambiente”.


Colaborou Thiago Ricci

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