
A entrada dos candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ocorreu de forma tranquila na maioria das escolas em Belo Horizonte, na tarde deste domingo (6). Neste segundo dia de prova, os alunos encaram questões de linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e a tão temida redação.
Nervosismo era a palavra de ordem entre os candidatos que fizeam a prova no Instituto de Educação, no bairro Funcionários, região Centro-sil da capital. A jovem Pâmela Lopes, de 17 anos, que tenta uma vaga para psicologia diz que o segundo dia é mais difícil. "Já estamos cansados de ontem e hoje tem a redação. Mas me preparei muito para a prova", comenta confiante.
Para o adolescente Paulo Henrique Pereira, de 19 anos, hoje é "o dia que o filho chora e a mãe não vê", brinca ele que sonha com uma vaga no curso de Engenharia Agronômica. Preocupado com o tema da redação, ele arrisca um palpite. "Acho que vai ser algo relacionado a direitos humanos ou intolerância, que são questões em voga hoje. Sei que não cai nada de política", acredita.
Paulo Henrique Pereira, de 19 anos, quer uma vaga em Engenharia Agronômica
Enquanto muitos levaram apenas caneta, áqua e lanche para a prova, a jovem Nathalia Lima, de 20 anos, acrescentou alguns livros na bolsa. Faltando 40 minutos para a prova ela aproveitou para revisar alguns exercícios. "Acho válido relembrar algumas matérias, além de ler sobre as minhas apostas para a redação. Acho que não cai política. Acredito na questão indígena", comenta a candidata que fará a prova pela quarta vez. Ela tenta ingressar no curso de medicina. "Achei o nível da redação mais alto esse ano.Quem estudou consegue fazer", pontua Nathalia que após o Enem continua a maratona de estudos para fazer outros vestibulares.
Meso quem não vai ingressar por agora em uma universidade resolveu fazer o Enem. Esse é o caso das amigas Julia Peitoxo, de 16 anos, Julia Xavier, de 16 anos e Julia Resgalla, de 18 anos. As garotas ainda estão no 2º ano do ensino médio, mas já querem se preparar para o ano que vem. "Mesmo sendo só para treinar dá um nervosismo", garante as amigas. "Queremos ver o ritmo da prova, nível de dificuldade e o formato", justificam.
Como todo ano, teve quem perdeu a prova por alguns minutos. Assim aconteceu com Niriane Moreira, de 27 anos. Ela chegou cinco minutos após o fechamento dos portões. "Meu ônibus demorou para chegar por causa da Feira Hippie. Corri alguns quateirões mas não deu tempo", lamentou a jovem que fazia a prova pela quarta vez e queria cursar admnistração ou pedagogia.
Sino dos Desesperados
Para ajudar os candidatos, os funcionários do Instituto de Educação tiveram uma ideia um tanto inusitada. Faltando cerca de 10 minutos para o fechamento dos portões, o professor e integrante da equipe de coordenação do instituto Danilson Almenida tocou o "sino dos desesperados" para alertar alunos que estivessem nas proximidades. "Como o prédio tem três entradas decidimos usar o sino para ajudar os atrasados localizarem a portaria correta. Sabemos que eles se preparam o ano todo e quisemos dar uma força", elucida.