Segurança é o quesito principal nas repúblicas de Ouro Preto

Lucca Figueiredo - Do Hoje em Dia
10/02/2013 às 13:13.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:53
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

OURO PRETO – Depois da tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde quase 240 pessoas morreram, a segurança passou a ser uma das principais preocupações. Seja em casas de show ou em locais para dormir, é preciso dar atenção a este quesito. No caso de Ouro Preto, na região Central do Estado, o principal foco está nas repúblicas, que recebem um grande número de visitantes.

Quem acha que o Carnaval acontece sem nenhuma fiscalização está enganado. Há cerca de três anos, a vigilância sanitária e os bombeiros intensificaram a avaliação dos espaços com a intenção de evitar problemas mais sérios. A Associação das Repúblicas de Ouro Preto (Refop) também acompanha todo o processo.

Bebida liberada

Ao todo, 69 repúblicas fazem parte da Refop. Em média, as casas possuem 15 moradores, mas no Carnaval este número gira em torno de 80 pessoas. Muitas promovem festas e têm bebida liberada todo dia com direito a apresentação de DJs e shows.

De acordo com o diretor da Refop, Vitor Schitini, todas são fiscalizadas antes do Carnaval. “Há três anos nós tivemos problemas e o carnaval foi proibido nas repúblicas. Foi quando percebemos que era preciso regularizar a situação. Agora trabalhamos em conjunto com as autoridades a fim de fazer um Carnaval melhor para todas as pessoas”.

A hospedagem dos foliões também é importante para as repúblicas por outro motivo: o reforço no caixa para pagar as despesas das casas. Todas elas são cedidas pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), mas os gastos são de responsabilidade dos moradores.

“É uma oportunidade para angariar fundos. Mas tudo é fiscalizado. As repúblicas foram transformadas em pessoas jurídicas e a universidade acompanha a movimentação financeira para evitar desvio de verbas”, afirmou Schitini. Em média, cada folião pagou cerca de R$ 600.

Outra forma de arrecadar dinheiro para manter as contas em dia são as festas. Algumas repúblicas criam blocos e contratam artistas. Hoje, o cantor Naldo vai se apresentar em uma festa. Para participar da farra é preciso desembolsar R$ 120.

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