Segurança hídrica em BH e região é 'grande' preocupação para o governo de Minas

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
20/01/2020 às 13:05.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:21
 (Gaspar Nobrega/Divulgação)

(Gaspar Nobrega/Divulgação)

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), declarou, em coletiva na Cidade Administrativa, na manhã desta segunda-feira (20), que o Estado está "muito preocupado" com a segurança hídrica de Belo Horizonte e região metropolitana, grupo de cidades cujo abastecimento depende diretamente da captação de água das bacias dos rios Paraopeba e das Velhas.

Por essa razão, Zema informou que solicitou à Vale que sejam realizadas obras para que as duas bacias sejam conectadas e, assim, possa garantia segurança do abastecimento na região. "Ainda existem barragens que podem (se romper) e afetar o curso dessas bacias. Lembramos que o descomissionamento das barragens ainda vai levar um tempo", disse.

As obras, porém, devem demorar alguns meses, como explica Luisa Barreto, coordenadora do Comitê Gestor Pró-Brumadinho, órgão que coordena as ações do governo de Minas, voltadas para a recuperação socioeconômica e socioambiental de Brumadinho e dos municípios da Bacia do Rio Paraopeba. 

Segundo Luisa, a previsão é de que ainda nesta semana seja firmado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para início de elaboração dos projetos. Esses documentos, por sua vez, demandam meses para serem finalizados para, em seguida, serem iniciadas as obras.

Luisa relembrou que a captação de água pela Copasa para BH e região no Paraopeba foi interrompida assim que ocorreu o rompimento em Brumadinho. À época, foi feito um requerimento para que o mineral fosse recolhido de nova captação no rio, 12 quilômetros acima do ponto de rompimento. 

"Esse acordo foi formalizado, mas a gente sabe que isso não necessariamente será suficiente para cortar o risco do abastecimetno que a região metropolitana tem em virtude, inclusive, de eventuais rompimentos de novas barragens, que desejamos que não ocorram", afirmou. 

De acordo com Luisa, o segundo TAC permitiu a implantação de 50 poços artesianos em locais prioritários, como escolas, hospitais e centros prisionais. Além disso, Luisa informou que estão sendo feitas negociações para outras obras com a Vale para que novas captações sejam feitas.

Em nota, a Vale informou que está em negociação com o governo de Minas para discutir os temas referentes às compensações pelo rompimento da barragem I, em Brumadinho.

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