Seguranças acusados de matar fisiculturista em boate de BH vão a júri popular

Da Redação
24/07/2019 às 15:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:41
Fisiculturista Allan Guimarães Pontelo morreu dentro de boate em setembro de 2017 (Reprodução/Facebook)

Fisiculturista Allan Guimarães Pontelo morreu dentro de boate em setembro de 2017 (Reprodução/Facebook)

A Justiça mineira decidiu que quatro seguranças que foram acusados de matar o fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, dentro de uma boate no bairro Olhos D’água, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, vão a júri popular. Isso significa que um conselho de sentença, composto por sete jurados, vai decidir se os suspeitos são culpados ou inocentes do crime, que aconteceu em setembro de 2017.

Um quinto segurança que havia sido denunciado pelo Ministério Público foi considerado impronunciado, ou seja, o juiz não se convenceu dos indícios que sugeriam a participação dele na morte do cliente. A decisão é do juiz Marcelo Rodrigues Fioravante, do 1º Tribunal do Júri da capital.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Pontelo foi abordado por dois seguranças no banheiro da boate após uma denúncia de que estaria traficando drogas no local. Ele foi levado para uma área restrita e, de acordo com as investigações, se recusou a ser revistado e teria sido espancado até a morte. O laudo da necropsia revelou que o fisiculturista morreu por "asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço”.

Ao pedir a prisão dos seguranças, o MPMG alegou que três dos cinco denunciados tinham o costume de realizar abordagens truculentas aos clientes da boate. De acordo com o Tribunal de Justiça, dois dos suspeitos estão presos, dois estão usando tornozeleira eletrônica e um está foragido. A data do julgamento ainda não foi divulgada.

Julgamento

Três audiências do caso foram realizadas e, no total, 11 testemunhas foram ouvidas. Após esses procedimentos, o juiz Marcelo Fioravante se convenceu de que dois dos acusados foram violentos com a vítima e os outros dois teriam agido para impedir que Pontelo fosse socorrido pelos amigos.

Com relação à impronúncia do quinto segurança, o magistrado disse que todas as testemunhas disseram que ele chegou ao local da abordagem já com o fisiculturista caído no chão. “Não restou demonstrado que o acusado tenha instigado ou determinado a continuidade das agressões”, registrou.

A reportagem entrou em contato com a defesa dos acusados, mas não obteve retorno. 

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