Seis integrantes da torcida organizada do Cruzeiro, Máfia Azul, estão sendo denunciados pelo homicídio de um homem, membro da Galoucura (organizada do Atlético), e pela tentativa de homicídio de outras nove pessoas, em novembro de 2021. Os acusados teriam participado do ataque a um ônibus do Move em que as vítimas estavam, após a partida entre Atlético e Fluminense, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Conforme as investigações da Polícia Civil, os denunciados estavam revoltados com a vitória do Galo e então decidiram emboscar o coletivo que levava os torcedores e outros passageiros. Em companhia de pessoas ainda não identificadas, os acusados interceptaram e atacaram o ônibus na alça de acesso do Anel Rodoviário à Via do Minério, no bairro Novo das Indústrias.
Durante a ação, janelas foram quebradas com pedras e artefatos explosivos. As pessoas que tentavam fugir eram atacadas com golpes de instrumentos contundentes, como aconteceu com a vítima fatal. O jovem de 20 anos, chegou a ser internado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu em 1º de dezembro.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os homens foram denunciados por "homicídio por motivo torpe, definido como crime de ódio, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com uso de meio cruel". Agora, MPMG e defesa preparam as alegações finais para o juiz decidir se pronunciará os réus.
Banidos
Desde 15 de março, as duas torcidas organizadas estão banidas de todos os estádios do país por um ano. Segundo decisão da Federação Mineira de Futebol (FMF), integrantes da Máfia Azul e Galoucura, em dias de jogos, não podem frequentar o entorno das arenas brasileiras, em uma raio de cinco mil metros.
A recomendação se deu após vários episódios de violência envolvendo as duas torcidas organizadas, incluindo a morte de um torcedor, atingido por arma de fogo, em 6 de março, data do último clássico entre Galo e Raposa.
Na partida que resultou nas cenas de violências, as duas torcidas já estavam banidas por seis meses. A Máfia Azul poderia retornar aos estádios em maio de 2022, e a Galoucura, em julho.
Esse banimento também foi um pedido do Ministério Público à FMF após o ataque direcionado a atleticanos que estavam dentro de um ônibus, em novembro de 2021, e integrantes da Galoucura provocarem uma briga no Mineirão, na partida entre Brasil e Paraguai, em 1º de fevereiro deste ano.
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