Greve no transporte

Sem acordo após reunião com o governo federal, metroviários realizam nova assembleia nesta sexta

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
17/03/2023 às 10:46.
Atualizado em 17/03/2023 às 11:46
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

O Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-MG) realiza, às 17h desta sexta-feira (17) na Estação Central, em Belo Horizonte, mais uma assembleia para discutir o futuro da paralisação do metrô.

A reunião acontece um dia após o encontro dos líderes da categoria com membros do governo federal, em Brasília. Na reunião, o Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu que a União tem até a próxima sexta-feira (24), para se manifestar sobre o pedido do Sindicato para suspender a assinatura do contrato de concessão do metrô de Belo Horizonte. 

No encontro, membros do sindicato e dos ministérios das Cidades e Casa Civil, discutiram possibilidades para o fim da paralisação, mas nenhuma proposta oficial foi apresentada. Fato que desagradou a categoria. Os trabalhadores alegam que a privatização pode gerar quase 1,6 mil demissões.

Além da assembleia desta sexta, na Estação Central, em BH, no dia 21 haverá audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG) informou que a estrutura gerencial da Companhia não foi alterada neste ano de 2023. "A gestão da Empresa é feita, exclusivamente, por seus diretores, incluindo a nomeação e dispensa de cargos comissionados", explicou a empresa em nota.

 Entenda a greve

Em dezembro do ano passado, o metrô de BH foi privatizado em leilão realizado em São Paulo. O Grupo Comporte – que reúne empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismos – venceu o leilão de concessão com lance único de R$ 25,75 milhões. 

No dia 15 de fevereiro, os servidores optaram por realizar uma paralisação cobrando o fim da privatização. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Regional (TRT-3) determinou que os servidores mantenham escala mínima de 70% no funcionamento do serviço, eles optaram por não aderir à redução e fazer a greve total.

Os metroviários reclamam que não foram ouvidos durante o processo de elaboração do edital de concessão do serviço em BH e temem a falta de estabilidade após a desestatização

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