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Economia

Sem tarifaço, exportações do agro mineiro crescem 17% e alcançam US$ 11,4 bi no acumulado do ano

Café puxou desempenho, mas tarifa imposta pelos EUA acende alerta para os próximos meses

Ana Luísa Ribeiro*
aribeiro@hojeemdia.com.br
Publicado em 19/08/2025 às 18:42.Atualizado em 19/08/2025 às 18:59.

As exportações do agronegócio mineiro alcançaram US$ 11,4 bilhões no acumulado de janeiro a julho, crescimento de 17% em relação ao mesmo período de 2024, quando o montante havia sido de US$ 9,8 bilhões. Com esse resultado, Minas se consolidou como o terceiro maior exportador do país, respondendo por 12% da receita do agro nacional. Já o volume embarcado somou 10,2 milhões de toneladas, com redução de 8,4% na comparação anual. 

Mais de 580 produtos agropecuários mineiros chegaram a 171 países, com destaque para a China (25,5%), Estados Unidos (11,6%), Alemanha (8%), Itália (5,2%) e Japão (4,7%). A assessora técnica da Secretaria de Agricultura , Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira, avalia que o avanço foi impulsionado pela valorização do preço médio dos produtos.

“Esse desempenho ganha ainda mais relevância diante de um cenário internacional adverso, marcado pela imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, pela volatilidade cambial e por ajustes nos fluxos logísticos globais, que têm pressionado custos e exigido maior resiliência dos exportadores”, disse. 

Mercado norte-americano em foco

No caso dos Estados Unidos, Minas segue como o segundo maior estado exportador de produtos agropecuários, registrando o maior valor já alcançado: US$ 1,3 bilhão, com destaque para café, carne bovina, derivados animais, álcool, celulose e alimentos diversos.

Até o momento, segundo o Seapa, ainda não foram identificados impactos relevantes das tarifas impostas em julho pelo governo norte-americano - que determinou sobretaxa de 50% para centenas de produtos brasileiros. 

A avaliação é que os efeitos podem variar entre os setores, atingindo especialmente produtos como café, carnes e frutas, mas tendem a ser mitigados pela diversificação de mercados compradores. “A expectativa é de que os efeitos se manifestem de forma diferenciada entre produtos, devendo ser mitigados pela diversificação dos mercados compradores”, completou Manoela.

Café em alta histórica

Principal produto do agro mineiro, o café somou US$ 6,2 bilhões em receitas, o equivalente a 54% do total exportado. Mesmo com queda no volume embarcado, a receita disparou 56,4% em relação a 2024, sustentada pela escassez global e pela demanda firme de parceiros tradicionais, o que elevou os preços médios a patamares recordes. 

Carnes, soja e outros produtos 

O setor de carnes (bovina, suína e frango) também registrou alta: a receita chegou a US$ 1 bilhão, avanço de 16,8%, com embarque de 5,5 milhões de toneladas e quedas de 16,5% na receita e 8,2% no volume. 

O setor sucroalcooleiro alcançou US$ 970 milhões, com redução de 22% na receita, enquanto os produtos florestais somaram US$ 586 milhões (queda de 17%). Produtos apícolas (US$ 17 milhões e crescimento de 60% no valor) e frutas (US$ 11 milhões e crescimento de 48,4% em valor) tiveram desempenho recorde, garantindo a liderança nacional a Minas em mel e crescimento expressivo nas frutas. 

*Estagiária, sob supervisão de Renato, com informações da Agência Minas

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