
O julgamento de Alessandra Lúcia Pereira Lima, de 43 anos, acusada de encomendar a morte do marido, o auditor fiscal da prefeitura de Belo Horizonte, Iorque Leonardo Barbosa Júnior, começou nesta quarta-feira (10). Como defesa e acusação dispensaram as testemunhas, a sentença deve ser proferida ainda nesta quarta.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), sete mulheres formam o conselho de sentença e irão definir se a ré é culpada ou inocente do crime, que aconteceu em 18 fevereiro de 2014. O auditor foi executado com sete tiros, em um ponto de ônibus do bairro Padre Eustáquio, região Noroeste da capital.
A defesa de Alessandra está sendo feita pelo advogado Agnaldo José de Aquino Gomes. O promotor Herman Lott e o defensor Dracon Cavalcante Lima são os responsáveis pela acusação. O júri, que acontece no Fórum Lafayette, em BH, é presidido pelo juiz Glauco Soares.
Conforme o TJMG, a ré se recusou a responder as perguntas do juiz e da promotoria.
Entenda o caso
Em julho de 2014, a Polícia Civil apresentou Alessandra e mais dois suspeitos de participação no homicídio, que são os irmãos Flávio de Matos Rodrigues e Otávio de Matos Rodrigues. O amante de Alessandra, o policial civil Ernandes Moreira Santos também responde pelo crime.
De acordo com a Polícia Civil, Alessandra e o policial civil eram amantes. Os dois são acusados de serem os mandantes do crime. Já os irmãos tiveram a função de esconder o veículo utilizado pelo atirador no dia do homicídio.
As investigações da polícia apontam que a motivação do crime, julgado como passional, seria financeira. Caso o funcionário público morresse, a esposa dele receberia uma pensão de aproximadamente R$ 15 mil por mês, além de um apartamento avaliado em R$ 405 mil.