Investigação

Servidora é presa suspeita de furtar mais de 200 armas em delegacia no Barreiro, em BH

Polícia Civil informa que os materiais foram apreendidos e direcionados à perícia técnica

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 10/11/2025 às 10:48.Atualizado em 10/11/2025 às 11:59.
 (Reprodução/ Google Street View)
(Reprodução/ Google Street View)

Uma servidora administrativa foi presa, na noite de domingo (9), suspeita de furtar 220 armas da 1ª Delegacia do Barreiro, em Belo Horizonte. Conform infomrou a Polícia Civil (PCMG) nesta segunda (10), ela era a única pessoa que tinha acesso ao local onde o armamento era guardado. Apesar de ter sido presa pela Corregedoria da corporação, a mulher não é policial. 

Segundo a PCMG, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra a mulher. A suspeita foi encaminhada ao sistema prisional e os materiais apreendidos foram direcionados à perícia técnica. A polícia não detalhou se as armas foram recuperadas.

“Por fim, a PCMG ainda informa que procedimento de correição administrativa já está em curso para as devidas responsabilizações das irregularidades constatadas”, disse o delegado Aloísio Daniel Fagundes, chefe da comunicação da PCMG.

O esquema foi descoberto após a apreensão de uma arma em uma ocorrência de rotina registrada na cidade de Contagem, na região metropolitana. Ao registrarem o artefato, policiais constataram no sistema que a arma já havia sido confiscada anteriormente pela polícia e deveria estar sob a custódia da instituição.

Diante da inconsistência, foi realizada uma checagem das armas apreendidas na unidade localizada no bairro Jardinópolis, revelando que outros artefatos também haviam sido desviados. Inicialmente, cogitou-se a hipótese de invasão à delegacia ou envolvimento de alguma organização criminosa.

Crítica do sindicato

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol) criticou a situação, alegando que o caso é uma consequência da ausência de Centrais de Cadeia de Custódia no estado.

Em nota, o sindicato afirmou: "A questão central a ser debatida nesse fato é a não observância da Cadeia de Custódia dos vestígios criminais. Estas armas não deveriam estar acauteladas naquela unidade policial, deveriam estar na central de custódia".

O Sindpol mencionou que o pacote anticrime estabeleceu a necessidade dessas centrais em 2019, mas, passados seis anos, armas e drogas continuam acauteladas em unidades policiais "sem o devido cuidado com a cadeia de custódia".

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