reivindicações trabalhistas

Servidores administrativos da Fhemig paralisam atividades em quatro hospitais de BH

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
11/07/2022 às 15:12.
Atualizado em 12/07/2022 às 14:21
 (Lucas Prates / Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

Servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) paralisaram parcialmente as atividades de quatro hospitais de Belo Horizonte e se reuniram na Assembleia Legislativa (ALMG), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital, para reivindicar melhores condições de trabalho e carreira, nesta segunda-feira (11).

De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores de Saúde de Minas (Sind-Saúde/MG), organizador do movimento, a paralisação afeta somente os servidores administrativos dos hospitais João XXIII, João Paulo II, Raul Soares e Amélia Lins. O movimento não afeta a assistência à população.

Entre as reivindicações, o grupo pede substituição dos trabalhadores de cargo de carreira de técnico operacional de saúde  por trabalhadores da Minas Gerais Administração e Serviços (MGS); implementação de organização na rede Fhemig; descontos do vale transporte nos contra cheques; fechamento de setores e leitos dos hospitais da Fhemig; transferência dos pacientes para hospitais privados.

Para Neusa Freitas, diretora executiva do Sind-Saúde/MG, há uma pressão dos gestores das unidades da rede Fhemig aos trabalhadores para deixarem os locais de trabalho. 

“E o pior, em fornecer a senha pessoal, onde esses trabalhadores têm acesso ao sistema do Governo. Então tem acesso a todo documento, qualquer documento público referente à pacientes, para essas pessoas que, até então, são consideradas estranhas ao serviços”, relata a sindicalista. 

Segundo a diretora do Sind-Saúde/MG, a categoria vai se reunir com o setor jurídico do sindicato na tarde desta segunda para discutir quais medidas o grupo deve tomar, já que o Governo do Estado não respondeu nenhuma das reivindicações, solicitadas em março deste ano, durante outra paralisação dos trabalhadores. 

O que diz a Fhemig

Em nota, a Fhemig informou que não houve qualquer impacto assistencial na rotina das unidades em decorrência da paralisação. 

A fundação esclareceu que não procede a informação de que está ocorrendo substituição dos Técnicos Operacionais de Saúde (TOS) por profissionais da MGS. E que não há dispensas, rescisões ou exonerações de trabalhadores nas unidades.

“O que tem sido feito é uma adição de recursos humanos nos hospitais por meio do contrato já existente entre o Estado e a MGS. Os novos profissionais estão sendo destinados às funções de suporte e apoio às atividades administrativas das unidades”, afirmou em nota.

O Governo disse ainda que, em relação à parceria com Organização Social, foi publicado, no dia 16/6, edital para seleção de entidade sem fins lucrativos para descentralização administrativa da gestão no Hospital Regional João Penido (HRJP), o que não configura terceirização ou privatização da unidade, já que o patrimônio permanece sendo público e o serviço continuará sendo 100% SUS. 

A fundação disse também que não houve qualquer desconto em contracheque referente a valores de vale-transporte recebidos por servidores.

Por fim, a Fhemig informou que não procedem as informações sobre fechamento de setores e leitos de suas unidades e transferência de pacientes para hospitais privados.

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