Após duas reuniões com o governo de Minas, os servidores da rede estadual de saúde decidiram em assembleia nesta quinta-feira (5) manter a greve por tempo indeterminado iniciada no último dia 27 de maio. A rejeição da proposta aconteceu durante assembleia realizada nesta noite na Cidade Administrativa.
Segundo a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Neuza Freitas, o governo impôs o fim da greve como exigência para instalar um calendário de negociação com a categoria. Entretanto, os trabalhadores não aceitaram os termos propostos. "O governo exige o encerramento do movimento, mas nós entendemos que quem decide o início ou o fim de qualquer movimento são os trabalhadores". Ainda segundo ela, nenhuma proposta concreta foi apresentada aos servidores.
Eles reivindicam a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, revisão do plano de carreira, com menor tempo para promoção por escolaridade, e a isonomia nas gratificações das diversas carreiras da saúde. Além disso, eles cobram reajuste salarial e afirmam que, em uma das reuniões do Comitê de Negociação Sindical, o governo já teria sinalizado que não haveria aumento este ano.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde confirmou a realização de uma reunião pela manhã entre representantes do Sind-Saúde e o secretário José Geraldo de Oliveira Prado. Ainda conforme a SES, o secretário propôs o fim da greve, mas a medida foi negada. Já em relação a uma segunda reunião, que segundo o sindicato aconteceu nesta tarde com o secretário adjunto Wagner Eduardo Ferreira, a secretaria negou.
Uma nova assembleia dos servidores deve ser marcada para os próximos dias, mas segundo Neuza Freitas, ainda não há data.