(Asthemg/Divulgação)
Trabalhadores das unidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) entram em greve a partir desta segunda-feira (04).
Eles querem isonomia com o reajuste de benefícios que outros servidores públicos já receberam. Segundo o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros), parte das reivindicações da categoria foram atendidas pelo governo do estado.
Diaristas que trabalham nas unidades de saúde tiveram um reajuste na ajuda de custo, que passou de R$ 53 para R$ 75. Mas a grande parte dos servidores, que são os plantonistas, ganharam apenas R$ 6. A categoria considera o valor irrisório, diante do reajuste de R$ 28 concedidos servidores administrativos da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), que, ainda segundo o sindicato, trabalham em casa, em home office.
Os plantonistas ganhavam R$ 116 e, até o mês passado, quando fizeram paralisação, pediam reajuste R$ 134, por plantão, num total de 11 plantões mensais. Se receberem os R$ 28 concedidos a outros servidores, o valor passará para R$ 144.
A greve está marcada para o início da troca de plantão nos hospitais da Fhemig, a partir das 7h. Como determina a legislação, nos setores de urgência, emergência e tratamento intensivo a escala será completa, com 100%. Mas em outras áreas de atendimento, será mantida uma escala mínima que será definida logo cedo, que pode variar entre 30 e 50% do número de funcionários.
Manisfestação
Além da paralisação das atividades, os servidores fazem manifestação na porta do Hospital João XXIII, na região hospitalar, na área central de BH e prometem fechar o trânsito. O ato público é uma forma de pressionar o governo a abrir um diálogo, afirma o sindicato, já que, até agora, segundo a entidade, eles não foram chamados para conversar com o governador.
Decisão judicial sobre a greve
Neste sábado (2), a desembargadora Yeda Athias, relatora, em plantão da 7ª Câmara Cível da Comarca de BH, determinou a intimação do Sindpros sobre a decisão de suspender o movimento grevista, a pedido do Governo de Minas e da Fhemig, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia.
O sindicato respondeu que não foi oficialmente comunicado da decisão.
Em nota, a Fundação declarou que mantém diálogo aberto com os trabalhadores e segue acompanhando as manifestações. Em relação à ajuda de custo, o órgão informou que todos os servidores estaduais de Minas que fazem jus ao benefício receberam os valores da diferença do reajuste em folha extra, paga no dia 14/3/22, conforme os critérios anunciados pelo Governo.
Além disso, segue a Fhemig, para os servidores que cumprem a jornada de trabalho em regime de plantão, está prevista a publicação de resolução específica. E as tratativas de revisão das resoluções específicas estão em curso.
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