Em greve há 16 dias, os servidores estaduais da saúde decidiram manter o movimento por tempo indeterminado. No entanto, durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (11), a categoria garantiu que irá acatar a liminar da Justiça que determina o retorno imediato de 100% dos servidores da Hemominas, além dos profissionais que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), nos Centros de Tratamento Intensivo (CTI), unidades de Urgência e Emergência, nos blocos cirúrgicos, no pronto atendimento, alojamento conjunto e bloco obstétrico das maternidades da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) informou, ainda, que irá cumprir a escala mínima de 50% do quadro de pessoal nas demais áreas afetadas pela greve. Caso liminar seja descumprida o sindicato está sujeito a pagamento de multa de R$ 100 mil por dia. Também no encontro realizado nesta manhã, os grevistas optaram por manter a ocupação na sala do café da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e o acampamento montado em frente ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Conforme o Sind-Saúde, o movimento irá permanecer até o avanço de negociação com o Governo. Uma nova reunião com representantes do Estado está agendada para sexta-feira (13), às 15 horas. No mesmo dia, os servidores organizam um “Arraial da Greve” em frente ao HPS. Os servidores reivindicam a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, revisão do plano de carreira, com menor tempo para promoção por escolaridade, e a isonomia nas gratificações das diversas carreiras da saúde. Além disso, eles cobram reajuste salarial de 12,5%. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Saúde confirmou que o Governo propôs o fim da greve, mas a medida foi negada.