Os trabalhadores da área da saúde de Minas decidiram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (16), que manterão o estado de greve. Por enquanto, eles continuam atuando, mas poderão entrar em greve no começo de novembro, caso as negociações com o governo não cheguem a um acordo.
De acordo com Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), cerca de 400 pessoas estiveram na reunião e votaram pela continuidade dos trabalhos.
A partir de agora, eles vão se encontrar com representantes do governo, nos dias 22 e 24 de outubro, para tentar evitar que os serviços sejam suspensos. No dia 13 de novembro, outra assembleia será realizada para apresentar as propostas do poder público e decidir se iniciam a greve.
Durante esse período, a categoria fará mobilizações junto aos parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para ver se conseguem aprovar um projeto sobre a redução da carga de trabalho.
Ao mesmo tempo, também intensificarão as ações nas unidades de saúde para informar os outros trabalhadores sobre o assunto e se prepararem para a possível paralisação.
O SindSaúde reclama da falta de reajuste para o funcionalismo e da suspensão dos debates sobre a revisão do Plano de Carreiras. A categoria também reivindica uma solução nas negociações de pendências, que ocorrem desde o ano passado.
Em 2012, a greve de 28 dias terminou após um acordo com o governo. Porém, os servidores alegam que não foi colocada em prática a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais na Fhemig, além de outros pontos cobrados.
Por outro lado, a administração pública afirma que já atendeu várias reivindicações da categoria e não há razão para manifestações. Os médicos teriam recebido um aumento de 10% e os funcionários da rede estadual estariam recebendo a gratificação complementar.