
Servidores estaduais da saúde fizeram nesta quarta-feira (4) uma manifestação na Avenida Amazonas, na altura do Expominas no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte. A greve dos servidores chegou nesta quarta a seu 11º dia e contou com a paralisação total da Fundação Ezequiel Dias (Funed), conforme adiantou Hoje em Dia nessa terça. O trânsito ficou parado por mais ou menos 10 minutos em ambos os sentidos e já foi liberado.
Com isso, o único laboratório oficial de Minas teria sua produção interrompida, como por exemplo a de soro antiofídico, realizada exclusivamente em Belo Horizonte em todo o Brasil.
A análise de amostras para doenças como H1N1, dengue, zika, chikungunya e HIV - que já acumulava mais de 4 mil pedidos por causa da paralisação parcial dos trabalhadores - agora vai parar completamente. Como laboratório de referência no estado, a Funed recebe amostras de material biológico para análise de todos os municípios do estado.
"O planejamento era entrar no pátio externo do Expominas e manifestar sem entrar no evento. Contudo, a Polícia Militar impediu o acesso dos manifestantes e então foi tomada a decisão de fechar a avenida", explicou Maria Lúcia Barcelos, diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde).
Desde a noite de segunda-feira o Expominas recebe o 33º Congresso Mineiro de Municípios, no qual estão reunidos prefeitos e secretários de diversos municípios mineiros.
Segundo informou o Sind-Saúde, 100% da Funed e 50% da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fehmig) aderiram ao movimento, que atinge principalmente os hospitais João XXIII, Galba Veloso, Galba Ortopédico, Cristiano Machado e Júlia Kubitschek.
Desde o final da manhã, representantes dos trabalhadores estão reunidos com os secretários de Estado da Saúde, Fausto Pereira dos Santos, e do Planejamento e Gestão, Helvécio Miranda Magalhães Júnior. Ainda não há informações sobre o andamento das negociações.