no Brasil

Sete a cada dez mortes por afogamento acontecem em rios e represas; veja dicas para evitar acidentes

Izamara Arcanjo
Especial para o Hoje em Dia
16/02/2022 às 08:04.
Atualizado em 16/02/2022 às 09:05
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

As constantes chuvas em Minas Gerais no início deste ano têm preocupado as autoridades e causado diversas tragédias pelo Estado. Entre elas, estão os afogamentos em cachoeiras, represas e rios. As famosas trombas d'água, que promovem a cheia repentina dos riachos, são as que mais preocupam no período de chuvas. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), de 2020, apontam que, a cada 94 minutos, um brasileiro morre afogado, e 70% dessas mortes acontecem em rios e represas.

O risco de trombas d'água, aliado ao mau comportamento dos banhistas, como consumo de álcool e brincadeiras arriscadas, faz com que esses ambientes se tornem mais perigosos e cenários de acidentes graves. 

Dicas simples, mas muitas vezes negligenciadas, podem evitar tragédias segundo o aspirante a oficial Braga Neto, do Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais. “Aconselhamos sempre a não entrar na água em lugares desconhecidos, não ingerir bebida alcoólica e sempre ter um objeto flutuante por perto”, orienta. 

O bombeiro afirma ainda que, no mês passado, a corporação atendeu a 37 chamados de afogamentos. Ao longo do ano de 2021, 325 pessoas morreram afogadas no Estado, sendo 298 homens e 27 mulheres. "Sempre pedimos que as pessoas também evitem trotes e brincadeiras na água e, caso se deparem com algum afogamento, não tentem fazer o salvamento se não tiver o treinamento adequado, pois podem acabar também se transformando em vítima”, reforça Braga Neto.

Ainda de segundo a Sobrasa, crianças com mais de 10 anos se afogam mais em águas naturais (rios, represas e praias). Tanto para a Sobrasa quanto para o Corpo de Bombeiros, no caso das crianças, a maneira de prevenir acidentes é estar junto delas o tempo todo. “Elas nunca devem estar sozinhas ou distante dos pais ou responsáveis, tanto em piscinas,  balneários, lagoas ou rios. Crianças precisam ser supervisionadas 24 horas”, complementa o militar.

O aspirante Braga Neto reuniu para a reportagem do Hoje em Dia um conjunto de recomendações que podem diminuir o risco de afogamentos:

  • Evite entrar na água quando ingerir bebidas alcóolicas e logo após as refeições
  • Não tente lutar contra a correnteza. Flutue e erga a mão, pedindo ajuda
  • Procure banhar-se em áreas supervisionadas por guarda-vidas ou Corpo de Bombeiros
  • Respeite as sinalizações, os avisos de perigo e orientações de guias
  • Evite tomar banho e nadar onde houver valas e buracos
  • Utilize coletes salva-vidas em embarcações
  • Evite nadar sozinho
  • Não se afaste da margem
  • Não salte de locais elevados para dentro da água
  • Prefira lançar flutuadores para salvar pessoas ao invés da ação corpo a corpo
  • Não simule afogamentos. Além de causar pânico nas pessoas, isso desvia a atenção de um possível afogamento real
  • Evite brincadeiras de mau gosto ("caldos", "trotes", "saltos")
  • Não abuse se aventurando perigosamente
  • Não deixe as crianças sozinhas
  • Evite navegar com carga em excesso
  • Somente conduza embarcações se for habilitado
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