Sete em cada dez consumidores de BH vão presentear no Dia das Crianças

Janio Fonseca
jfonseca@hojeemdia.com.br
02/10/2018 às 19:28.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:46
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Com presentes que vão custar em média R$ 113,01, 72,5% dos belo-horizontinos vão fazer a alegria da criançada no próximo dia 12 outubro. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) com 296 consumidores da capital, entre os dias 5 e 21 de setembro. Brinquedos e roupas são as opções de compras preferidas para a data e a forma de pagamento mais utilizada será o dinheiro. 

A estimativa da CDL/BH é que R$ 2,22 bilhões sejam injetados no comércio da capital em função da data, e a expectativa de crescimento é de 1,83% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado. Já o percentual de compradores teve queda de 9,8%, em relação a 2017, o que indica que os consumidores estão mais cautelosos na hora de ir às compras.

De acordo com a pesquisa, o valor médio das compras previsto para este ano no Dia das Crianças é 6,7% menor do que o registrado no ano passado. De acordo com o tipo do produto escolhido, o valor desembolsado pelo consumidor pode variar. Quem for presentear com eletrônicos vai desembolsar o maior valor, o tíquete médio para estes itens será de R$ 447,83. A compra de material esportivo deve girar em torno de R$ 176,97. Já os menores valores pagos serão roupas com média de R$ 117,90, e brinquedos com R$ 98,94.

Além do dinheiro “vivo”, que vai ser usado por 36,1% dos consumidores, o pagamento também será feito no cartão de crédito, com parcelamento por 21% dos compradores e às vista, por 20,2%. Já 19,4% dos compradores vão pagar como cartão de débito. O parcelamento no cartão da própria loja, também será feito, por 1,9% dos consumidores. 1,3% vai pagar por meio de boleto bancário.

O produto mais procurado neste Dia das Crianças para presentear serão os brinquedos, conforme 73,9% dos entrevistados. Em seguida, aparecem as roupas (9,5%); jogos (4,6%); calçados (4,4%); livros (1,9%); eletrônicos (1,8%); material esportivo (1,7%) e outros (2,1%).

Entre os 27,5% que disseram que não vão comprar presentes, 60,6% afirmaram que o motivo para isso são os problemas financeiros (falta de dinheiro, corte nos gastos, desemprego e endividamento).

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, mesmo com a melhora de alguns indicadores econômicos, como taxa de juros e inflação, o cenário econômico do país ainda é instável. A inadimplência voltou a crescer e a confiança dos consumidores está abalada. “A taxa de desemprego no Brasil ainda está elevada, e as pessoas estão evitando situações que possam gerar o endividamento. Por isso, elas estão optando pela compra do presente à vista, pagando em dinheiro. Este resultado é reflexo do atual cenário econômico gerado pela insegurança política, queda da confiança dos consumidores e atraso do pagamento do funcionalismo público estadual”, avalia Bruno Falci.

Compras perto de casa

De acordo com 40% dos entrevistados, o local escolhido para adquirir o presente para o Dia das Crianças será em estabelecimentos que fiquem perto de suas casas. Já 36,6% preferem próximo ao trabalho. O shopping center foi a opção citada por 43,2% dos consumidores como lugar ideal para a realização das compras, seguido pelas lojas de rua em centro comercial (23,2%).

Comemoração da data

Segundo 69,4% dos consumidores que vão presentear na data, a comemoração do Dia das Crianças ficará restrita apenas ao presente. Os que pretendem comemorar a data somam 30,6% dos entrevistados. A ida a parque/centro de diversões foi a opção escolhida por 9,1% dos consumidores para celebrar a data. Em seguida aparecem: lanchar fora (7,8%); almoço fora (5,6%); cinema (3,8%); almoço em casa de parentes (3%); teatro (0,5%); clube (0,5%) e viagem (0,5%).

Preço decisivo

Para 26,3% dos consumidores, o preço dos produtos é o que mais os atrai durante as compras. O segundo ponto que chama a atenção dos entrevistados é a localização, com 15,4% das respostas. Os demais atrativos citados foram: agilidade no atendimento (11,8%); qualidade do produto (11,5%); bom atendimento (11,3%); ambiente agradável (11,2%); educação/cortesia dos funcionários (5,4%); promoções e sorteios (3,1%); marca/grife do produto (1,8%); credibilidade da loja (1,6%) e forma/prazos de pagamento (0,6%).

Já o principal fator que pode dificultar as compras, segundo a maioria dos entrevistados (23,3%) é o alto preço das mercadorias. As demais dificuldades apresentadas foram: atendimento ruim (21%); lojas muito cheias (15,7%); acesso (15,2%); juros altos (9,5%); pouca vaga de estacionamento (7,2%); qualidade dos produtos (2,5%); pouca flexibilidade na negociação (2,2%); pouca variedade de produtos (1,2%); poucas formas de pagamento (0,9%) e não responderam (1,2%).

Comparação de preços

Para 93,1% dos consumidores entrevistados é um hábito frequente pesquisar o valor dos presentes em diferentes lojas, antes de efetuarem as compras. Os que fazem este tipo de levantamento às vezes totalizam 4,9%. Os consumidores que nunca realizam comparação dos valores representam 0,5%.

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