Servidores da rede municipal de educação de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (24). A categoria está em campanha salarial desde fevereiro, quando uma pauta de reivindicações foi entregue à prefeitura do município.
Segundo o diretor da sub-sede do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) em Contagem, Gustavo Olímpio, a categoria cobra um reajuste salarial acima da inflação, reestruturação do plano de carreira dos profissionais e melhores condições de saúde e de trabalho, com a melhoria da infraestrutura das escolas e da qualidade da educação municipal.
"Quarenta dias depois da entrega da pauta de reivindicações, a prefeitura de Contagem apontou para a possibilidade aumento de 5,8%, parcelado em duas vezes, mas a categoria não aceita o parcelamento e quer aumento real. Ainda segundo ele, no ano passado, os profissionais já tiveram apenas a inflação como reajuste", disse Olímpio.
Ainda conforme o dirigente, na paralisação realizada na quarta-feira (23), houve adesão de cerca de 70% dos educadores. Entretando, nesta quinta, o Sind-UTE ainda não soube dizer quantas escolas foram atingidas pela greve. Uma nova assembleia dos trabalhadores será realizada na próxima terça-feira para que seja feita uma avaliação do movimento grevista.
Em nota a prefeitura de Contagem informou que as escolas municipais estão funcionando normalmente nesta quinta-feira e que a administração mantém um diálogo permanente com a categoria, por meio da Câmara Setorial de Negociação. Além disso, o Executivo garantiu que a educação é uma prioridade da administração e que "tem se esforçado para ampliar as ações de valorização dos profissionais da rede municipal e melhorar a qualidade do ensino às crianças e jovens da cidade Contagem".
Por fim, informou que Contagem paga o maior salário para a categoria da Região Metropolitana de Belo Horizonte, e no ano passado, deu o maior reajuste salarial da Grande BH. "No ano passado, também foi estabelecida a redução na jornada de trabalho para os servidores do quadro administrativo da Educação, passando de 40 para 30 horas semanais. No início de 2014, a Secretaria de Educação convocou mais de mil servidores, entre professores e profissionais da Educação, aprovados em concurso público para trabalharem nas escolas municipais", concluiu.