
Mais 220 municípios avançam neste sábado para a Onda Vermelha do Minas Consciente, programa que visa a conter o avanço da Covid-19 no Estado. Diante da melhora dos indicadores que analisam a doença, o governo optou por autorizar as mudanças de funcionamento em cidades como Ipatinga, Governador Valadares e Pará de Minas.

Governador Valadares, no Vale do Aço, é uma das cidades que avançam para a fase vermelha do Minas Consciente
Diferentemente da Onda Roxa, na qual apenas serviços considerados essenciais podem abrir as portas, a vermelha permite o funcionamento de todas as atividades, desde que cumpram algumas regras, como distanciamento e limitação de pessoas nos estabelecimentos.
Essa é a segunda vez em duas semanas que as autoridades de saúde mineiras promovem alterações nas regras de flexibilização. Desde o último dia 17, sete macrorregiões voltaram à fase vermelha, além de outras seis microrregiões, incluindo a Grande BH.
Agora, 13 das 14 regiões de saúde estão na fase menos restritiva. O Nordeste mineiro permanecerá por mais uma semana na fase roxa, que permite apenas o funcionamento dos serviços essenciais.
Segundo Fábio Baccheretti, secretário de estado de Saúde, a decisão de manter metade da macrorre-gião Centro na Onda Roxa é necessária até que a pressão no sistema de saúde de Belo Horizonte diminua ainda mais, uma vez que a capital recebe doentes de outras cidades.
“Enquanto BH não conseguir fazer a absorção dos pacientes, não é possível avançar toda a macrorre-gião para a onda vermelha”, afirmou.
De acordo com o chefe da pasta estadual, os índices da pandemia registrados nesta semana indicam uma melhora. Além disso, a fila de pessoas aguardando atendimento diminuiu.
Ocupação das UTIs
Cinco macrorregiões de Minas apresentam mais de 90% de utilização das vagas destinadas ao tratamento da Covid. Destas, duas têm situação ainda mais preocupante: na Oeste e na Leste do Sul já não há mais leitos disponíveis para os doentes. Outras cinco regionais contam com a taxa de ocupação acima de 80%. O Vale do Jequitinhonha apresenta os melhores índices, com 56% das UTIs em uso.