
Cenário de pânico no Parque Municipal. Criminosos acionam, por acidente, um explosivo que seria utilizado para detonar, mais tarde, um caixa eletrônico. Na região Central de Belo Horizonte, o parque é passagem diária de milhares de pessoas. Além de muitos feridos, há reféns e até criminosos mortos. Militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Corpo de Bombeiros e equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de estudantes universitários de saúde, ajudam no socorro às vítimas.
A simulação aconteceu nesta sexta-feira (21). O subcomandante do Esquadrão Antibomba do Bope, Tenente Paulo Matos, explica que a ação acelera e aprimora o tempo de socorro às vítimas. “Neste caso visamos uma situação em que os criminosos, ao acessarem uma agência bancária ou algum outro estabelecimento financeiro, acabaram detonando o armamento acidentalmente, gerando uma série de vítimas”, explica.
Segundo o subcomandante, o treinamento facilita a assistência multidisciplinar. “Evita o pânico das equipes envolvidas no resgate e também agiliza o atendimento às vítimas”, acrescenta.
Mais de 200 pessoas da área de saúde, além de oficiais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, participaram da ação. A simulação despertou a curiosidade de quem passava em pleno horário de almoço na região. "Achei que era de verdade. Na hora da explosão eu fiquei com medo. Acho importante nossos médicos e policiais estarem preparados para fazerem um bom atendimento em caso de crimes graves" , disse a professora Isadora Ribeiro, 37 anos.
A estudante Ana Luiza Pinheiro, de 19 anos, estava ansiosa para atuar no salvamento das vítimas. Ela se prepara para o vestibular de medicina e sonha com o dia em que participará de uma equipe de socorristas. “Este tipo de atividade nos ajuda a ter uma noção de como deve ser o salvamento das vítimas e a forma de abordagem”.