
Centros de saúde com temperatura interna que pode chegar a 43°C e profissionais sem condições de trabalhar devido ao calorão. A denúncia é do Sindicato dos Médicos (Sinmed-MG), que cobra da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) providências para melhorar as condições nos postos. Segundo a entidade de classe, os locais não têm recursos próprios para combater a onda de calor. O município afirma que medidas para resolver o problema já estão sendo tomadas.
De acordo com um documento a que o Hoje em Dia teve acesso, “diversos centros de saúde construídos com o modelo PPP (Parceria Público-Privada) registram temperaturas que chegam a quase 43°”.
Os principais casos seriam de unidades onde não há ventilação suficiente, faltam janelas adequadas, sem equipamentos próprios e com condições insalubres de trabalho.
De acordo com o Sinmed-MG, a situação foi comunicada à PBH há pelo menos dois anos. À epoca, segundo o sindicato, ficou acordado que o Executivo municipal iria avaliar a questão, mas nenhuma mudança relevante foi realizada, conforme os representantes dos médicos.
Durante a jornada de trabalho, médicos fotografaram as temperaturas registradas nos termômetros dos centros de saúde. Segundo a entidade de classe, houve casos de profissionais que passaram mal e não conseguiram realizar atendimentos, prejudicando a consulta de pacientes.
Onda de calor
Com a chegada de uma onda de calor em BH, a situação piorou. Nessa segunda-feira (25) a capital registrou a maior temperatura da história, com 38,6ºC. Tal situação afetou diretamente a temperatura dos centros de saúde, com a temperatura variando entre 35ºC e 42,9ºC.
Temperatura registrada nas unidades:
- Centro de Saúde Santa Amélia: 39ºC
- Centro de Saúde Zilah Sposito: 40,9ºC
- Centro de Saúde Serrano: 39,8ºC
- Centro de Saúde Confisco: 35ºC
- Centro de saúde Jardim Comércio: 42.9
Por meio de nota, a PBH informou que “os locais possuem ventilador para amenizar a sensação de calor de trabalhadores e usuários e que já estão sendo tomadas as medidas necessárias para a instalação de ar-condicionado", mas não informou prazos para as adequações.