Os hospitais Júlia Kubitschek e Eduardo de Menezes, da Rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, correm risco de ter leitos de CTI fechados por falta de profissionais.

A denúncia é do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, que declarou em suas redes sociais, nesta segunda-feira (14), que cerca de 50 vagas devem ser desativadas nas duas unidades. 

Conforme os representantes da categoria, no Eduardo Menezes, que é referência no atendimento de doenças infectocontagiosas, a direção já foi comunicada de que 20 leitos irão fechar. Já, no Júlia, acredita-se, segundo o sindicato, que 28 vagas vão ser fechadas.

“A equipe que planeja deixar os hospitais representará uma perda irrecuperável, por se tratar de profissionais contratados que lidaram, até hoje, com a pandemia ganhando um ‘know-how’ que poucos possuem”, escreveu o sindicato. 

Ainda de acordo com o Sinmed, durante uma reunião entre o sindicato e os profissionais das duas instituições, na última quinta-feira (10), os trabalhadores repassaram informações sobre a situação delicada que enfrentam, não só quanto ao “aspecto financeiro”, mas também das “condições de trabalho”. 

“Se nada for feito, vamos perder uma das melhores equipes de medicina extensiva que se formou de uma forma consistente dentro da pandemia, tanto no Júlia como no Eduardo de Menezes”, afirmou o diretor de Mobilização do Sinmed-MG , Cristiano Maciel, durante o encontro.

Em nota, a Fhemig afirma que, com a demanda gerada pela pandemia,  "tem se esforçado para preencher vagas de profissionais médicos, oferecidas nos chamamentos emergenciais e em processos seletivos simplificados".

Ainda de acordo com a Fundação, as categorias profissionais estão  alinhadas com o mercado de trabalho, já que, "além dos vencimentos básicos, a Fhemig oferece vantagens e benefícios de acordo com o setor ou função a ser exercida nas unidades hospitalares", explica. 

A Fhemig informou ainda que as unidades estão funcionando normalmente.

Leia também
Casos de Covid-19 chegam a 27,5 milhões no Brasil; foram registradas 638 mil mortes até o momento
Autoridades mexicanas ainda não sabem o que causou a morte repentina de centenas de aves migratórias

 

Compartilhar