
Quem depende de ônibus para se locomover por Belo Horizonte enfrentou muitas dificuldades nesta segunda-feira (22). O número de coletivos rodando pela capital caiu drasticamente devido à greve dos motoristas, que começou na madrugada. De acordo com a BHTrans, até às 18h, só 30,1% dos passageiros que normalmente usam o transporte coletivo conseguiram embarcar.
Nos horários de pico, a diferença entre a quantidade de usuários é ainda maior. Segundo o balanço divulgado pela empresa que gerencia o trânsito em BH, em um dia normal, das seis da manhã até às oito, cerca de 217 mil pessoas passam pelas catracas dos ônibus na capital; durante a paralisação desta segunda-feira, esse número caiu para 42 mil.
O baixo número de passageiros nos ônibus na cidade não foi causado pela falta de procura dos usuários. Desde o início do dia, longas filas nos pontos mudaram a rotina da população. Na última sexta-feira (19), a Justiça do Trabalho determinou que as empresas de transporte urbano que operam na cidade mantivessem 60% das viagens. Porém a categoria cogitou circular com apenas 30% ou até mesmo nem ir para as ruas.
No início da tarde, a BHTrans informou que nas estações do Barreiro e São José, na região Noroeste da cidade, nenhuma viagem de ônibus tinha sido realizada até às 13h. "Nenhuma das estações de BH cumpriu o mínimo de 60% da frota em circulação hoje. Por esse motivo, vamos avisar a Justiça do Trabalho para que as medidas cabíveis sejam tomadas", explicou o presidente da empresa de transportes, Diogo Prosdocimi, em entrevista coletiva.