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Sofá, geladeira e até antena de TV: morador do Barreiro vira sucesso com carro em que ‘cabe o mundo'

Clara Mariz
@clara_mariz
12/04/2022 às 21:54.
Atualizado em 12/04/2022 às 21:54
 (Redes Sociais / Reprodução)

(Redes Sociais / Reprodução)

Famoso nas redes sociais, Edson Benjamin, de 58 anos, morador da região do Barreiro, em Belo Horizonte, tem ganhado seguidores divulgando o trabalho de sucateiro.

Além de mostrar mais da sua profissão, ele também tem impressionado muita gente com seu Fiat 147 carregado de materiais. Tem sofá, geladeira e vários móveis antigos em cima do teto do automóvel fabricado há 40 anos, em 1982.

Ed Fitinho Sucateiro, como é conhecido no bairro Olaria, no Barreiro, trabalha como autônomo. Já são quase 20 anos recolhendo sucata pelas ruas da capital, mas a história do “fitinho” é recente. Adquirido há pouco mais de um ano por R$ 500, o carro tem ajudado a guardar as mercadorias, já que na casa do dono não tem mais lugar para colocar  sucata.

(Arquivo Pessoal / Reprodução)

(Arquivo Pessoal / Reprodução)

Ao Hoje em Dia, Midian Kelly, a filha de Ed Fitinho, conta que o pai criou os cinco filhos e que sustenta a família com o trabalho de sucateiro.

Ela explica que ele conhece bem de mecânica, mas, com o avanço da tecnologia, não teve opção a não ser trabalhar com sucata. “Por ele não ter estudo e ter vindo de uma família muito pobre e humilde, não teve alternativas a não ser comprar esse fitinho e continuar com a sucata”, disse.

Mas não é só com a compra e venda de sucata que Edson trabalha; ele também limpa quintais e remove entulhos. Midian garante que o “fitinho” do pai já chegou a carregar uma tonelada, mas o comum mesmo são 800 kg. “Meu pai acorda às 4h30 da madrugada e sai catando sucatas andando de bairro em bairro. Ele trabalha até onde ele vê que dá para andar, devido à Polícia”, explicou Kelly.

Legislação

O artigo 235 do Código Brasileiro de Trânsito prevê como infração o condutor que for flagrado conduzindo carga nas partes externas do veículo, sem qualquer proteção adicional, como sobre o teto ou capô.

O delito grave é passível de penalidade de cinco pontos na carteira do motorista e pagamento de multa de R$ 195,23, além da retenção do veículo. 

Mesmo assim, a filha de Ed Fitinho afirma que o pai nunca foi autuado. E diz que os materiais são carregados no teto, porque o carro não tem bagageiro. “Nos moramos em uma casa muito pequena, que tem uns 35 degraus para descer e não tem quintal. Por isso as coisas se acumulam no carro”, contou. 

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