A Serraria Souza Pinto vira palco neste sábado (19) de um dos primeiros atos do Carnaval de Belo Horizonte 2019. A quarta edição do evento Sonoriza reúne alguns dos maiores blocos da folia mineira: Então, Brilha!, Juventude Bronzeada, Havayanas Usadas, Garotas Solteiras, Pena de Pavão de Krishna (PPK) e Tchanzinho Zona Norte. Cerca de 5 mil foliões são esperados para cantar e dançar ao som de tambores e bandolins. 

Com o tema “Ninguém solta a mão de ninguém”, a festa tem o objetivo de arrecadar dinheiro para investir na infraestrutura dos blocos, além de fazer um protesto contra a opressão das minorias.

“Queremos mostrar que está todo mundo unido pela cidade, pelos menos favorecidos, pelo ser humano. Carnaval também é espiritualidade, é o espiritual dentro do profano”, afirma Leopoldina Azevedo, cantora e compositora dos blocos Pena de Pavão de Krishna e Juventude Bronzeada. 

Segundo ela, a popularização do Carnaval na capital mineira está diretamente ligada ao caráter democrático da festa. “É um lugar onde as pessoas sentem que existem, não tem preconceito, todo mundo tem acesso. O carnaval é isso: é dar voz a quem não tem”, diz.

O nigeriano Idowu Akinruli veio de longe para aproveitar o batuque. Ele mora em Porto Alegre e quis conhecer a famosa folia belo-horizontina. “Como na minha terra também tem uma festa assim, eu aproveito para matar a saudade de casa”, conta.

Blocos 

Juntos, os seis blocos participantes do Sonoriza levaram 980 mil foliões às ruas da capital em 2018, segundo a produção da festa. O valor arrecadado com a venda dos ingressos, que saem a R$ 25 por pessoa, será usado para custear a infraestrutura de som e trio elétrico, além da produção de bonecos decorativos. 

“Ainda precisamos melhorar a estrutura do nosso Carnaval. Hoje, a prefeitura ajuda, investe, mas a força maior vem dessa galera, que já se mobiliza há 10 anos para carnavalizar por aqui”, diz Marco Sassen Panerai, co-produtor do evento.

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