A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da república, Augusto Aras, nesta segunda-feira (27), uma notícia-crime pedindo a instauração de procedimento investigatório contra o presidente Jair Bolsonaro.
No documento, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) pede que seja apurada a liberação de verbas do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em favor de prefeitos com a suposta intermediação de pastores.
O envio da notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) é praxe em casos como esse porque cabe ao Ministério Público analisar se há indícios para abertura de investigação.
O deputado alega no documento que, no momento em que foi ouvido nas dependências da Polícia Federal, o ex-ministro da Edicação Milton Ribeiro confirmou que recebia pastores em seu gabinete, que seriam responsáveis por "achacar" prefeitos para facilitar a liberação de verbas públicas em nome do presidente da república.
O ex-ministro da Educação foi alvo de uma operação da Polícia Federal e chegou a ser preso. Mas ganhou liberdade após determinação do desembargador Nely Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), em Brasília (DF), que entendeu que as medidas cautelares seriam suficientes e adequadas porque Milton Ribeiro não exercia mais a função de ministro.
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