Uma mulher de 27 anos foi presa nesta quarta-feira (14) suspeita de organização criminosa, lavagem de capitais e receptação em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira. Ela é acusada de praticar um golpe consistia no envio de comprovantes falsos de pagamento via PIX e emails falsos de plataformas confirmando as transações.
As vítimas acabavam entregando os bens, acreditando terem recebido os valores. Em seguida, a suspeita bloqueava o contato das vítimas no aplicativo de mensagens. A investigada é apontada como responsável por uma série de fraudes envolvendo a simulação de negociações de produtos eletrônicos, como videogames, notebooks e computadores, por meio de sites e redes sociais.
A prisão foi resultado da operação "Game Over" que tem como foco reprimir crimes de estelionato cometido por meio de plataformas digitais de compra e venda de produtos.
Segundo informações da Polícia Civil, durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, os policiais localizaram no apartamento da suspeita, diversos equipamentos eletrônicos de procedência suspeita, incluindo fones de ouvido, HDs externos, periféricos gamers e computadores. Um dos objetos foi reconhecido como pertencente a uma das vítimas, alvo da suspeita no dia anterior à ação policial.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Samuel Neri da Silva, para evitar a identificação, a suspeita utilizava a foto de outra pessoa no perfil e não comparecia pessoalmente para buscar os produtos.
"Ela contratava motoboys por aplicativo e combinava a entrega dos itens em vias próximas à sua residência, dificultando a localização do endereço exato", contou.
De acordo com resultados das investigações, a suspeita mantinha uma rotina de ostentação nas redes sociais, com viagens e passeios, demonstrando um padrão de vida incompatível com ocupação lícita conhecida.
As investigações continuam visando identificar os proprietários dos itens apreendidos, bem como possíveis receptadores. Todos os envolvidos serão intimados para prestar esclarecimentos. Caso fique constatado que agiram com dolo ou negligência, poderão responder pelo crime de receptação (art. 180 do Código Penal). Mesmo nos casos em que não houver responsabilização penal, os bens poderão ser restituídos às vítimas legítimas.
O delegado orienta que pessoas que tenham sido vítimas da investigada, ou de golpes similares, procurem a Polícia Civil para o devido registro da ocorrência. As informações repassadas podem auxiliar no avanço das investigações e na responsabilização da investigada por novos crimes eventualmente identificados.
Até o momento, duas vítimas foram formalmente identificadas, mas os policiais acreditam que o número seja ainda maior.
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