O suspeito de atropelar e matar a esposa, no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, disse à família da vítima que é inocente. O homem garantiu aos parentes da mulher que houve um acidente. Ele segue foragido e a Polícia Civil trabalha com a hipótese de feminicídio.

O corpo de Miranda Evangelista é velado nesta sexta-feira (3), no Cemitério Nossa Senhora da Glória, no bairro Bandeirantes, em Contagem, na região metropolitana. Ela morreu na frente da filha, de 5 anos.

A conversa entre o suspeito e a família foi feita por meio de uma chamada de vídeo. “Tivemos um contato bem demorado. Existem muitos pontos que não batem, mas queremos acreditar que foi uma fatalidade, porque não existia nenhum indício que pudesse ocorrer. Ele disse que foi uma fatalidade, que ela estava no lugar errado na hora errada”, contou Cristina Miranda, irmã da vítima.

Cristina disse que questionou o caminhoneiro sobre a fuga do local do atropelamento. O homem teria dito que entrou em choque, sem coragem de voltar.

“Ele se apavorou, ficou sem reação. Falei para ele que queria acreditar nisso. A gente entende até o ponto do ocorrido, mas não o depois. Ele fala que entrou em choque, olhou pelo retrovisor e viu o que aconteceu. Disse que se apavorou, andou por alguns quilômetros, parou e pensou (em voltar), mas não teve coragem, que foi um ato de desespero”, acrescentou Cristina.

Na frente da filha
De acordo com a Polícia Militar, Jaqueline teria ido até o local, no bairro Olhos d’Água, junto com a filha em um carro de aplicativo para encontrar com o companheiro.

Elas pararam em frente a um posto de combustíveis. Ao ver a mulher, segundo o boletim de ocorrência, o suspeito teria acelerado o caminhão e a atropelado. Um frentista contou aos militares que o homem passou com o veículo de carga por cima da mulher duas vezes, antes de fugir no sentido Rio de Janeiro.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e trabalha com a hipótese de feminicídio. As buscas pelo suspeito seguem.