ESTÁ PRESO

Suspeito de atropelar e matar a mulher no Anel Rodoviário presta depoimento à polícia: ‘fui covarde’

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
07/03/2023 às 12:46.
Atualizado em 07/03/2023 às 12:54
 (Reprodução / TV Globo)

(Reprodução / TV Globo)

A defesa do suspeito de atropelar e matar a esposa no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, vai solicitar à Justiça que ele responda ao processo em liberdade. O homem foi preso na segunda-feira (6), quatro dias após a morte da companheira. A advogada dele esteve na manhã desta terça (7) no Departamento de Homicídios da Polícia Civil, onde a delegada responsável também falou sobre o caso.

Segundo a advogada Kelly Regina Soares, o suspeito voltou a alegar inocência. No depoimento à polícia, disse que se assustou ao perceber que a vítima do atropelamento era a esposa. "Desorientado", segundo a defesa, não teve coragem de parar para prestar socorro. 

“Ele contou que estava subindo o Anel para fazer uma entrega em Mariana. De repente, viu que uma pessoa passou na frente dele. Tentou desviar, mas ela bateu com a cabeça no retrovisor e o caminhão passou por cima dela. Na hora que abriu o vidro, reconheceu a esposa. Ele não teve coragem de descer do caminhão pela situação em que ficou o corpo. Ela morreu na hora. No depoimento, disse que não foi homem, que foi covarde”, diz Kelly Regina.

Segundo ela, o casal não teve contato antes do atropelamento. No boletim de ocorrência da PM, a mulher e a filha teriam ido encontrar com o marido. "Ela tinha acesso ao rastreador do caminhão e ia atrás dele várias vezes, por ciume ou medo. Não conseguimos entender a motivação dela”. O celular do suspeito já está com a polícia.

Sem socorro

À frente das investigações, a delegada Letícia Gamboge, do Chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o inquérito ainda está na fase preliminar. Algumas testemunhas foram ouvidas e novas serão convocadas. 

Letícia Gamboge aguarda o resultado da perícia para determinar os próximos passos da investigação. "É uma morte violenta, vítima de atropelamento. Vamos investigar se foi um crime doloso ou culposo, ou seja, se teve ou não a intenção de matar. Estamos avaliando as imagens. Mas é fato que ele não prestou socorro".

Coletiva realizada na sede do DHPP (Pedro Faria/Hoje em Dia)

Coletiva realizada na sede do DHPP (Pedro Faria/Hoje em Dia)

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