Eram amigos de infância

Suspeito de matar pai de criança com autismo que buzinava carro é indiciado por homicídio

Da Redação
12/04/2023 às 13:22.
Atualizado em 12/04/2023 às 13:35
Polícia indicia por homicídio suspeito de matar pai de criança com autismo que apertava uma buzina de carro (Divulgação / Polícia Civil)

Polícia indicia por homicídio suspeito de matar pai de criança com autismo que apertava uma buzina de carro (Divulgação / Polícia Civil)

Crime com motivação torpe e que impossibilitou a defesa da vítima. Foi esta a conclusão do inquérito instaurado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para apurar as circunstâncias do homicídio de um homem de 40 anos após um desentendimento em bar no bairro São João Batista, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Conforme a Polícia Militar, a briga teria ocorrido após o filho da vítima, uma criança com espectro autista, ficar brincando com a buzina de um carro.

O crime foi no dia 25 de fevereiro deste ano. Dois homens, de 30 e 32 anos, foram indiciados pelo crime. Conforme apurado pela equipe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima foi assassinada com quatro disparos de arma de fogo após uma discussão banal: o filho, uma criança de quatro anos com autismo, estaria dentro do carro do pai acionando insistentemente a buzina, o que teria irritado o irmão do suspeito de 30 anos e, por esse motivo, iniciado a discussão.

A delegada Iara França conta que, durante o conflito, o suspeito de 30 anos, que é taxista, chegou do trabalho e se deparou com a situação. Diante disso, sem que ninguém percebesse a presença dele no local, foi até a casa do vizinho de 32 anos e pediu a arma de fogo emprestada. Quando voltou, de forma sorrateira, disparou diversas vezes contra a vítima - dois tiros atingiram a cabeça do homem que, já no chão, ainda foi alvo de outros dois disparos nas costas.

O crime foi cometido diante de diversos moradores daquela localidade. De acordo com Iara, vítima e suspeito eram amigos de infância.

“Foi um crime que chocou muito a todos, mas principalmente àquela comunidade onde eles [vítima e suspeito] estavam inseridos. Eram todos amigos. Foi um crime cometido de forma muito cruel, torpe e na emboscada”, destaca a delegada.

Após o crime, o vizinho que emprestou a arma não foi mais visto na região. A polícia está à procura desse suspeito a fim de verificar a licitude da arma, bem como para ouvir a versão dele sobre os fatos.

O homem de 30 anos foi preso à época dos fatos, sendo a prisão dele convertida em preventiva logo no início das investigações.

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