
O suspeito de adulterar pelo menos 35 garrafas de uísque em Betim, na Grande BH, é um ex-militar e tem passagens por outros crimes, segundo a Polícia Civil. O homem de 58 anos foi preso em flagrante. A bebida falsificada pode ter relação com a morte de duas pessoas que apresentaram sintomas de intoxicação na cidade.
Durante coletiva nesta terça-feira (19), o delegado regional de Betim, Marcelo Cali, informou que ele é dono de um mercadinho na região do bairro Citrolândia, local onde estavam as garrafas com a embalagem e líquido com sinais de violação. Segundo a PC, ele vai responder, até o momento, pelos crimes de falsificação e adulteração de produtos alimentícios. Se for condenado, poderá ficar preso por até oito anos.
Segundo Marcelo, ao ser questionado, o suspeito não tinha como comprovar de quem comprou as bebidas nem soube dar detalhes sobre os produtos. Ele negou que estava vendendo os uísques.
O suspeito é um ex-policial militar aposentado desde 1990. Segundo o delegado, as passagens deles são de crimes "de menor potencial" - detalhes não foram informados.
A polícia reforçou que ainda não é possível informar se há relação entre as bebidas e as duas mortes registradas pela prefeitura de Betim, na semana passada.
Pessoas que tenham consumido essas bebidas devem procurar as polícias Civil ou Militar para prestar queixa e preservar o produto, que poderá passar por uma perícia.
Até o momento, nove casos de intoxicação alcoólica são investigados na cidade.