Suspeitos de financiar roubos de produtos para venda em shoppings populares são presos em Minas
Além das prisões, foram apreendidos 6 veículos, todos novos e em excelentes condições, sendo alguns de luxo

Três pessoas foram presas durante investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) sobre o furto a uma empresa especializada no segmento de soluções tecnológicas, ocorrido no dia 12 de janeiro deste ano, em Belo Horizonte
A ação foi desencadeada na última terça-feira (20) e divulgada nesta segunda (26). Sob coordenação do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Santos e Itaquecetuba, estado de São Paulo, e em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
“Os presos são suspeitos de financiar e indicar os locais a serem furtados, bem como providenciar a logística para que a mercadoria produto do crime chegasse aos receptadores finais, que são empresas sediadas em shoppings populares”, explicou o delegado Gustavo Barletta.
O policial explicou ainda que essas empresas receptoras são “amparadas em documentos fiscais falsos e conseguem colocar os produtos no mercado ludibriando os consumidores finais, seja por venda em balcão ou através de plataformas on-line”.
Além das prisões, foram apreendidos seis veículos, todos novos e em excelentes condições, sendo alguns de luxo.
Buscas
Durante cumprimento de mandado no endereço de um dos alvos, residente em Balneário Camboriú, os policiais encontraram uma espécie de cassino clandestino, com diversos dispositivos para jogos eletrônicos e aposta ilegal. No momento que os policiais civis estavam no local, chegou também uma equipe da Polícia Federal para cumprimento de buscas no mesmo endereço, mas com um alvo distinto.
Já em Itaquaquecetuba, a cautelar foi cumprida em uma transportadora, onde foram apreendidos veículos de luxo, além de ser localizada uma frota de caminhões, cuja origem será investigada.
Por fim, em Santos, foram apreendidos diversos veículos, todos novos, além de uma bicicleta de fibra de carbono de alto valor. Com ele também foram encontrados cadernos com anotações referentes à venda de diversos produtos. As investigações apontam que o suspeito preso no litoral paulista seria o responsável por encaminhar a carga furtada para a cidade do Rio de Janeiro, onde era comercializada.
Trabalho contínuo
Essa é a segunda etapa da operação, que tem como alvo uma organização criminosa especializada no furto de equipamentos eletrônicos de grandes empresas atacadistas do ramo, com atuação em vários estados do país.
Na primeira fase da ação, realizada no dia 10 de fevereiro, no Rio de Janeiro, capital fluminense, oportunidade em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em shoppings populares apontados como receptadores finais dos produtos do crime.
As investigações continuam, a fim de identificar os responsáveis pelo furto e pelo fornecimento de notas fiscais e documentos falsos utilizados para dar suposta licitude aos produtos furtados.