(Fernando Michel/Hoje em Dia)
Sem medidas concretas por parte do governo federal e da Petrobras para reduzir o preço dos combustíveis, especialmente do diesel, o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG) decidiu retomar, nesta segunda-feira (7), por tempo indeterminado, o estado de greve, suspenso no mês passado.
"Sempre apostando nas negociações, suspendemos a greve no final de janeiro. Mas, como não houve avanços, voltamos a convocar e a mobilizar os transportadores para cruzarem os braços a qualquer momento", afirma Irani Gomes, presidente do sindicato.
Na última semana, a categoria se reuniu em Brasília para tratar da redução dos preços. Na terça-feira (1º), os dirigentes estiveram no Ministério de Minas e Energia, onde representantes da pasta se comprometeram a ajudar o setor. O Sindtanque-MG diz que ainda tentou uma reunião com a presidência da Petrobras para debater a atual política de aumentos.
"A Petrobras precisa agir com transparência e apresentar à sociedade o acordo assinado em 2016, com o então presidente Michel Temer, que resultou na adoção da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que considera nos cálculos dos reajustes dos combustíveis as variações cambial e da cotação do petróleo internacional", completa.
De acordo com Irani, a "PEC dos Combustíveis", que o governo federal pretende encaminhar ao Congresso Nacional com o objetivo de baixar os preços dos combustíveis no país, "não servirá para nada”"
'O governo deveria decretar calamidade econômica no setor de combustíveis, devido aos altos custos do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional. E, diante disso, transformar sua parte na Petrobras em um fundo para achatar a curva do aumento dos combustíveis", propõe Irani Gomes.
Além disso, o representante do Sinditanque-MG defende a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel em Minas, dos atuais 14% para, ao menos, 12%, percentual que vigorava até dezembro de 2010.
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