aumento de combustíveis

Tanqueiros estão em alerta e não descartam possibilidade de paralisação por causa da alta do diesel

Vanda Sampaio
vsampaio@hojeemdia.com.br
11/03/2022 às 18:20.
Atualizado em 11/03/2022 às 18:26
Manifestação Tanqueiros (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Manifestação Tanqueiros (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

“A situação é de alerta. Os tanqueiros receberam como uma bomba o reajuste do óleo diesel. O valor do frete não consegue cobrir o custo com o combustível”. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Tanqueiros de Minas Gerais, Irani da Silva Gomes.

Durante a sexta-feira (11) a diretoria do SindTanque-MG esteve reunida na sede em Betim e não descarta a convocação de uma assembleia de urgência para discutir a possibilidade de aprovar uma paralisação dos tanqueiros. 

Atualmente o sindicato representa cerca de 200 transportadoras e três cooperativas. 

O preço do óleo diesel foi reajustado em 24,9%  pela Petrobras, na última quinta-feria (10), depois de quase dois meses de valores congelados nas refinarias.

O preço médio para as distribuidoras passou de R $ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Já o do óleo diesel para as distribuidoras teve uma alta de 24,9%. 

No fim do ano passado, os tanqueiros fizeram uma paralisação. O governo federal aprovou na Câmara e no Senado a redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) de 15% para 14% até dezembro. E também zerou o PIS Cofins até dezembro de 2021. 

“Mas com o reajuste do óleo diesel, a situação de quem depende do valor do frete para sobreviver, voltou a ficar complicada. E uma nova paralisação não está descartada”, afirma o presidente do SindTanque-MG.

Autônomos 

Para o presidente sindicato Interestadual dos Caminhoneiros, José Natan, o aumento 24,9% do diesel coloca um ponto final na profissão de caminhoneiro autônomo, que já vem sofrendo com os baixos valores dos fretes e a concorrência com as grandes transportadoras. 

"Temos um grupo de caminhoneiros retornando do Norte do país, que está em Feira de Santana, na Bahia, sem ter como abastecer para voltar para Minas", afirma José Natan.

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