O movimento Tarifa Zero realizou, na noite desta quarta-feira (9), um "aulão" na porta da Prefeitura de Belo Horizonte para divulgar o cálculo tarifário feito pelo coletivo, que chegou à conclusão que a passagem em BH deveria custar R$ 3,45, quase um real a menos do atual praticado, que é de R$ 4,50.
Para chegar a esse valor, o movimento utilizou uma metodologia que já foi usada para calcular a tarifa de ônibus de Belo Horizonte até 2007 e que ainda é validada em diversas cidades do Brasil.
“A metodologia que deveria ser aplicada leva em conta todo o sistema de transporte e a qualidade do serviço, como a circulação dos ônibus, a quilometragem no mês e quadro de horários. Pela forma como é feita hoje, os empresários levam em conta apenas os índices inflacionários e pronto”, explicou Júlia Nascimento.
Ainda de acordo com a integrante do Tarifa Zero, a auditoria feita pela prefeitura “não apresentou valores reais e sim notas superfaturadas dos empresários para dar margem a custos maiores”.
Neste ano, cumprindo uma de suas promessas de campanha, o prefeito Alexandre Kalil divulgou os resultados de uma auditoria que estudou os documentos das empresas e da BHTrans e calculou o valor que a passagem em BH deveria custar. Segundo a empresa contratada, o belo-horizontino deveria pagar R$ 6,35 para se locomover de ônibus pela capital. O valor, no entanto, foi classificado como impraticável pelo prefeito, que permitiu que as empresas aumentassem o valor até R$ 4,50.
O valor de R$ 4,50 começou a valer no dia 30 de dezembro.
A BHTrans informou que todo o processo, os resultados e mais de 104 mil documentos da auditoria e verificação independente nas contas dos ônibus de Belo Horizonte estão disponíveis no site da Prefeitura para consulta de qualquer cidadão.
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