O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas. Com isso, o edital de concessão do metrô de Belo Horizonte à iniciativa privada poderá ser publicado.
Metroviários acompanharam a votação, em Brasília. Insatisfeitos com o resultado, prometem “greve total” a partir desta quinta-feira (25). Segundo a categoria, não haverá sequer escala mínima.
“A única condição de não ter greve era o TCU adiar o julgamento ou votar contrário à privatização”, disse Pablo Henrique, diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro).
Os metroviários afirmam que a categoria não foi chamada a participar das conversas. Eles também lamentam falta de estabilidade dos empregos.
Próximos passos
Recentemente, o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, falou sobre a privatização do metrô de BH. Segundo ele, após a aprovação do TCU, o edital deverá ser publicado em até um mês.
O secretário estima que o leilão possa ocorrer entre dezembro e janeiro.
O projeto de privatização do metrô de BH prevê investimento de R$ 3,8 bilhões para a estrutura atual e para a construção da linha 2, que atenderá a região do Barreiro.
O governo federal será o principal responsável pelo aporte, com R$ 2,8 bilhões.
O governo de Minas, com recursos provenientes do acordo firmado com a mineradora Vale pela reparação do rompimento da barragem em Brumadinho, vai arcar com R$ 430 milhões. A quantia restante será de responsabilidade da empresa que vencer o leilão.
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