Técnicas do resgate na Vila Bernadete são similares às usadas em Brumadinho

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
25/01/2020 às 12:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:25
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Os dois corpos localizados nos escombros do desmoronamento na Vila Bernadete, no Barreiro, são de homens, que seriam irmãos. Outras cinco pessoas permanecem desaparecidas. Por volta das 20h de sexta-feira (24), cinco casas da rua Doze desabaram com a força da forte chuva que atingiu BH. Duas pessoas foram resgatadas com vida. As buscas só recomeçaram nesta manhã.

O perigo de mais desmoronamentos é grande e, por isso, o Corpo de Bombeiros usa técnicas semelhantes à utilizada nas buscas do desastre de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que completa um ano neste sábado. “As técnicas são praticamente as mesmas. Chamada e escuta, a do bastão para verificar onde tem escombro ou a possibilidade de existir uma vítima”, afirmou o capitão da corporação Leonard Farah.

A chuva fina intermitente dificulta o trabalho de buscas. Segundo o militar, em tragédias como essa as pessoas podem ser resgataddas com vida em até quatro dias, mas o cenário é desanimador. “A gente fez as técnicas para ver se conseguia ouvir alguém que estava sob os escombros, mas não obteve nenhuma resposta”, lamentou o militar.

Cinquenta famílias tiveram que deixar as casas na Vila, que existe há 50 anos. Elas estão sendo levadas para pousadas alugadas pela prefeitura. Paliativamente, moradores de outras ruas do bairro estão preparando um almoço e lanches comunitários vítimas, equipes de buscas e imprensa.

O prefeito Alexandre Kalil esteve no local mais cedo. Afirmou estar impressionado com as cenas, pediu desculpas à população e disse que a área não era de risco. A previsão é que as buscas durem até o fim deste sábado.

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