Tire suas dúvidas relacionadas à vacina contra gripe

Hoje em Dia
19/05/2015 às 18:02.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:06
 (Arquivo Hoje em Dia)

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Não é só por medo da agulha que muita gente não vacina. Os muitos mitos que circulam por aí fazem com que muita gente deixe de lado a proteção com receio da vacinação não apenas não funcionar como provocar diversos outros problemas.

Para desmistificar os principais boatos que preocupam que precisa ser vacinado, as coordenadoras de Imunização e de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde, Tânia Brant e Janaína Almeida, esclarecem dúvidas relacionadas à vacina contra gripe.

Vacinação não provoca gripe, nem autismo
Tânia Brant garante que não há a possibilidade de a vacina causar gripe e não há indícios de que provoque outras doenças, como o autismo. “Como a vacina é feita com vírus morto e, além disso, estratificado, não tem a possibilidade de causar a gripe. Quanto a outras doenças, não temos relatos científicos de que possa causá-las”, ressalta.

Mercúrio que protege
Sobre a presença de mercúrio na composição da vacina, Janaína Almeida, esclarece que o produto, em forma de timerosal, é usado para evitar o crescimento de fungos ou bactérias no frasco já aberto da vacina, mas está em uma quantidade muito pequena e sem riscos para a saúde.

“Estudos realizados em todo o mundo demonstram que o timerosal, desde 1930, tem sido amplamente utilizado como conservante em uma série de produtos biológicos, incluindo muitas vacinas. Portanto, este quantitativo presente nas vacinas, por consenso da Organização Mundial da Saúde, não causa qualquer tipo de reação adversa no organismo humano que contraindique sua utilização”, explica.

Alérgicos não devem ser vacinados
Em relação às reações alérgicas em função da vacina, Tânia alerta que apenas não devem ser vacinadas: pessoas que tem alergia a ovo, já que na composição da vacina há proteínas do ovo de galinha; e pessoas com história de reação anafilática em doses anteriores da vacina ou alergias a qualquer outro componente.

Exceto nesses casos, a referência da SES-MG afirma que as reações adversas são em sua maioria locais, podendo surgir um pequeno mal-estar pós-vacinação devido à resposta imunológica do próprio organismo, mas sem maiores complicações.

“A maioria dos eventos adversos são locais, com cerca de 15% a 20% do total de vacinados apresentando reação local da injeção, sendo reações benignas, auto limitadas e geralmente resolvidas em 48 horas. Manifestações sistêmicas como febre, mal-estar e mialgia podem iniciar de seis a 12 horas após a vacinação e persistem por um a dois dias. Também são benignas, não deixam sequelas e ocorre em menos de 1% dos vacinados”.

Testes rigorosos e anuais
A vacina contra gripe passa por processos criteriosos de estudo, pesquisa, testes e acompanhamento que avaliam não apenas sua eficácia, mas também sua segurança para o uso das pessoas. A vacina contra a gripe é atualizada a cada ano, de acordo com recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e após a observação de dados epidemiológicos que indicam quais tipos de vírus estão em maior circulação e que potencialmente podem causar mais casos da doença nos períodos de outono e inverno.

Eficácia
Estudos demonstram que as campanhas de vacinação contra gripe podem reduzir em até 45% o número de internações por doenças respiratórias. Além de reduzir de 39% a 75% a mortalidade nos grupos vacinados. A vacina disponível na rede pública para a campanha de 2015 é trivalente e protege contra o vírus Influenza A (H3N2); Influenza A (H1N1) e Influenza B.

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