ex-presidente disse que não está contente com a possível decisão do TSE, mas afirmou que "não está morto" e que agora é "vida que segue". (Maurício Vieira/Hoje em Dia)
Perto de se tornar inelegível por oito anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro já prevê derrota no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julga a matéria nesta sexta-feira (30). Em Belo Horizonte, após almoço com parlamentares, aliados e empresários, Bolsonaro disse que tomou mais uma facada, "dessa vez, pelas costas", se referindo ao ataque que sofreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em setembro de 2018.
Esta foi a primeira vez que Bolsonaro falou com a imprensa após a conclusão do julgamento, que avalia a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.
“Eu acredito que essa tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político, acho que esse foi meu crime, um crime sem corrupção”, disse ele.
O ex-presidente expressou que não está contente com a possível decisão do TSE, mas afirmou que "não está morto" e que agora é "vida que segue".
O ex-parlamentar criticou o posicionamento do TSE em relação a ele e afirmou que foi julgado por ter comentado um inquérito da Polícia Federal de 2018.
“Eu fui julgado pela reunião com os embaixadores por ter comentado esse inquérito. A imprensa não se preocupou em saber que inquérito é esse. E gostaria de deixar bem claro,
o inquérito não foi concluído ainda. Fui julgado por um inquérito que está a cinco anos para apurar possíveis irregularidades nas eleições de 2018. Eu não posso ser julgado por algo que ainda não existe”, justificou.
Questionado se irá recorrer e em qual esfera, ele respondeu que tentará recurso no Superior Tribunal Federal (STF).
O membro do PL também afirmou que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes da América do Sul vão "brindar" sua derrota.
Ainda no restaurante, na região Centro-sul da capital, Bolsonaro tirou foto com apoiadores, ao som de "mito, mito!". Fora do estabelecimento dezenas de apoiadores aguardavam o ex-presidente, muitos deles enrolados na bandeira do Brasil ou vestindo a camisa da seleção brasileira.