
Cerca de 70% dos trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) seguem de braços cruzados, sem trabalhar, por tempo indeterminado. De acordo com Carlos Augusto dos Passos Martins, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, dos Analistas de Gestão, dos Técnicos Operacionais de Saúde e dos Auxiliares de Apoio à Saúde (Sindpros), mesmo diante da efetivação da greve nesta quinta-feira (3), o governo do Estado não apresentou nenhuma proposta para a categoria e não mrcou reunião para que as partes possam dialogar.
Os profissionais paralisados são de categorias não-médicas, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, que trabalham em sete hospitais de Belo Horizonte: João XXIII, João Paulo II, Eduardo de Menezes, Júlia Kubistchek, Alberto Cavalcanti, Raul Soares e a Maternidade Odete Valadares.
Segundo Martins, a greve é de "comparecimento", ou seja, os servidores estão no local de trabalho, mas em escala mínima, o suficiente para garantir os atendimentos de urgência e emergência e assistência aos pacientes internados.
Os profissionais irão se reunir novamente nesta sexta-feira (4) para discutir os rumos da paralisação.
Greve
A decisão pela paralisação foi tomada pelos profissionais após assembleia da categoria em 28 de janeiro. Na manhã desta quinta-feira (3), os servidores fizeram um novo encontro durante ato em frente ao Hospital João XXIII, no Santa Efigênia, região Leste de BH.
Representantes da categoria vêm tentando, sem sucesso, uma reunião com o Governo de Minas para discutir a situação de trabalho e de atendimento aos pacientes em diversas unidades de saúde da Fhemig.
Fhemig
Em nota ao Hoje em Dia, a Fhemig informou que, nessa terça-feira (1º), foi realizada uma reunião com representantes da fundação, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e do Sindpros.
Na ocasião, todas as reivindicações apresentadas foram discutidas e os gestores entregaram um documento com as respostas solicitadas.
Com a decisão de manutenção da paralisação, a Fhemig disse que irá acompanhar a situação para garantir a continuidade da assistência médica, sem prejuízos aos usuários e que o "diálogo com os servidores permanecerá sempre baseado no respeito e cumprimento das premissas legais".
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