Usuários que dependem do metrô em Belo Horizonte têm enfrentado o caos na manhã desta segunda-feira (21). Isso porque os trens começaram a circular, lotados, apenas às 10h durante o primeiro dia da greve, iniciada pela categoria às 0h de hoje. 

A paralisação deixou todas as estações da capital mineira fechadas mesmo diante a uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que obriga que o serviço funcione em horários de pico. A multa pelo descumprimeiro é de R$ 30 mil por dia. 

A categoria, representada pelo Sindicato dos Metroviários (Sindimetro-MG), no entanto, afirma que o serviço apenas ficará em funcionamento das 10h às 17h. 

Há quem, desavisado, chegou à estação mais cedo e precisou esperar quase 3h para garantir o transporte. Foi o caso do vendedor Elias Ferreira Costa, de 30 anos. Ele e outras diversas pessoas aguardaram a abertura da Estação Vilarinho, em Venda Nova, nesta manhã.  

“Cheguei às 7h30 da manhã e estou saindo às 10h. Fiquei aqui esperando, não estava sabendo da greve. Nós que não somos usuários assíduos, não ficamos ligados nas estações. Isso é muito desagradável, sem condições”, contou ao Hoje em Dia.

Protesto contra a privatização 

Durante assembleia realizada na tarde de quarta-feira (16), os metroviários decidiram aderir a greve até que o governo federal esteja disposto a apresentar uma alternativa aos empregados em caso de privatização da CBTU. A informação foi confirmada pelo diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Pedro Vieira.

(*) Com informações de Lucas Prates

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