A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu, na noite dessa quarta-feira (5), três suspeitos de incendiar um ônibus da linha 634 (Estação Vilarinho/Nova Iorque) na terça-feira (4), no bairro Nova Iorque, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Os suspeitos foram detidos por militares do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) em Justinópolis, em Ribeirão das Neves, também na Grande BH. O terceiro envolvido ainda está sendo procurado.
De acordo com a Polícia Militar (PMMG), a dupla é apontada como autora do ataque ao coletivo. Durante a ação foram apreendidas duas armas de fogo e drogas. Um outro homem que estava com os suspeitos em Justinópolis também foi detido, mas ele não teria envolvimento com o incêndio do ônibus.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), informou que os suspeitos confessaram a participação no crime e indicaram quem ordenou o ataque.
Relembre o caso
O ônibus foi incendiado na noite de terça-feira (4), na avenida Lauro Soares, em Vespasiano. Três homens encapuzados, que chegaram em uma motocicleta e a pé carregando combustível, foram os responsáveis pelo ataque.
O motorista relatou à PMMG que os suspeitos estavam armados. Um deles o abordou, apontou a arma e entregou uma carta com ameaças, dizendo: “Não é nada contra você”. Após a ordem para deixar o veículo, o grupo ateou fogo no ônibus.
O incêndio atingiu a rede elétrica, interrompendo o fornecimento de energia, que foi restabelecido pela Cemig durante a madrugada. Equipes do Corpo de Bombeiros controlaram as chamas, e a perícia recolheu a carta deixada pelos criminosos.
Ameaça e investigação
O documento deixado no local é endereçado à juíza da comarca do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, e faz denúncias sobre supostas violações de direitos dos detentos. A carta é assinada com a sigla “BDM”, que seria uma referência ao “Bonde dos Malucos”.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SETRABH) repudiou o ato criminoso e afirmou confiar na responsabilização dos envolvidos.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que acompanha os desdobramentos do caso, que será objeto de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. A Sejusp ressaltou que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) aguarda a finalização das investigações para apurar se a ação tem correspondência direta com o sistema prisional. Sobre o Presídio Antônio Dutra Ladeira, a secretaria informou que as instalações de saúde foram reformadas recentemente e que a unidade é regularmente fiscalizada por diferentes órgãos de controle.
A Polícia Civil (PCMG) investiga o caso.