Trio é preso com mais de 200 cartões de ônibus que eram vendidos na Praça 7

José Vítor Camilo
26/06/2019 às 16:07.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:16
 (PMMG / DIVULGAÇÃO)

(PMMG / DIVULGAÇÃO)

Uma operação de rotina da Polícia Militar (PM) na Praça 7, Centro de BH, terminou com dois homens e uma mulher presos pela venda ilegal de cartões do transporte público da cidade. Com o trio, foram apreendidos 219 cartões e pouco mais de R$ 746 em dinheiro. 

O Hoje em Dia conversou com o tenente Washington Amaral, da 6ª Companhia do 1º Batalhão da PM, que participou da operação que terminou com as prisões. Segundo ele, por volta de 10h, cerca de 20 pessoas que ofereciam diversos serviços e produtos no local foram abordadas. Após as buscas, somente os dois homens, de 24 e 37 anos, e a mulher, de 25, foram detidos. 

"Eles falaram que não são clonados, mas que os cartões são adquiridos de trabalhadores e depois revendidos. Os suspeitos alegaram que o cartão é pago metade pelo próprio empregado e o restante pelo patrão. Esses trabalhadores acabam indo trabalhar a pé, ou de bicicleta, e vendem esse cartão para estas pessoas, apesar de a existir a proibição de ceder ou vender para outra pessoa", conta o militar. 

O tenente explica que um cartão com cerca de 100 unidades era comprado pelos suspeitos por cerca de R$ 100 e revendidos por valores entre R$ 200 e R$ 300. "Eles responderão pelo crime de estelionato", finaliza Amaral. 

Trabalhadores que venderam cartões podem ser demitidos

Ainda de acordo com o policial militar, o esquema do trio preso será investigado agora pela Polícia Civil (PC). "Pelo número de cada cartão será possível identificar a empresa e, consequentemente, o trabalhador que recebeu o cartão. Com isso, o empregado que fez essa venda poderá ser demitido por justa causa", completa o tenente Washington Amaral. 

Quando um funcionário solicita um cartão de transporte público ele concorda com as normas contratuais da empresa, que proíbem a venda desses cartões. A comercialização dos mesmos acaba causando prejuízo tanto para as empresas de ônibus, que deixam de vender as passagens, quanto para o próprio empregador que faz o pagamento. 

Os presos, os cartões e o dinheiro da venda dos mesmos foram encaminhados para a Delegacia de Plantão. 

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